Policial

Extradição: PF explica o que deve acontecer com donos da Braiscompany

Da Redação
Publicado em 1 de março de 2024 às 13:39

delegado regional da pf na pb guilherme torres

Foto: ParaibaOnline

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Após a prisão do casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, responsáveis por golpes milionários utilizando um esquema de pirâmide financeira através da empresa Braiscompany, sediada em Campina Grande, a Polícia Federal na Paraíba explicou, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (1º), o que pode acontecer com o casal a partir de agora.

Segundo explicou o Delegado Executivo Regional da Polícia Federal da Paraíba, Guilherme Torres, Antônio e Fabrícia devem passar, ainda nesta sexta-feira, por uma audiência na justiça argentina, que é semelhante ao processo das audiências de custódia realizadas no Brasil. Durante a audiência, o juiz deve decidir, pelo menos em um primeiro momento, o futuro do casal em território argentino.

Já no Brasil, a expectativa é de que a 4ª Vara Federal em Campina Grande, responsável pelo caso, deva solicitar a extradição do casal para o país de origem. Até o momento, a informação ainda não foi confirmada pela Justiça Federal.

Caso isso ocorra, o delegado da PF explicou que processos de extradição não têm prazo para tramitar entre os dois países. Apesar disso, um parâmetro para essa possível extradição foi o processo que trouxe de volta ao Brasil Victor Hugo Learth, também envolvido no esquema da Braiscompany.

Assim como o casal de proprietários, ele foi preso na Argentina, em Puerto Iguazú, em junho do ano passado. Três meses depois de solicitada a sua extradição, ele foi trazido de volta ao Brasil por uma equipe da Polícia Federal e cumpre pena atualmente no presídio do Serrotão, em Campina Grande.

– A extradição deve ser pedida pela 4ª Vara. Depois disso, o pedido passa pelo DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (DRCI/Senajus), que é a autoridade central brasileira para a cooperação jurídica internacional. Nós já tivemos a extradição do Victor Hugo, também envolvido nesse caso e demorou cerca de três meses. Com os tramites sendo concluídos, a Polícia Federal Brasileira vai até a Argentina buscar os presos e garante toda a segurança – detalhou Guilherme Torres.

Outra explicação do delegado é sobre o destino do casal, caso a extradição seja deferida pelo governo argentino. Segundo Ferraz, caberá a 4ª Vara da Justiça Federal decidir onde o casal permanecerá preso em território brasileiro.

Sem confirmar se os dois filhos do casal, que são menores de 18 anos, estavam com eles no condomínio de luxo onde foram descobertos no município argentino de Escobar, o delegado da PF também explicou que, em caso afirmativo, também caberá aos dois países decidirem no processo burocrático o futuro deles.

Alegando as normas e sigilos impostos pelo direito internacional, a PF também não confirmou se houve apreensão de objetos ou recursos financeiros com o casal. Caso essas apreensões tenham ocorrido, o material também é entregue pelas autoridades argentinas para a Polícia Federal no ato da extradição.

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