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Foto: Ilustrativa/Pixabay
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Em mais uma participação no seu tradicional quadro de língua portuguesa na Rádio Caturité FM, o professor Golbery Rodrigues trouxe uma explicação essencial para quem ainda se confunde com a grafia de palavras semelhantes, mas com sentidos bem diferentes: “mal” com L e “mau” com U.
Usando o exemplo da expressão “lobo mau” e de um “lobo mal”, o professor explicou como o contexto da frase pode mudar completamente o significado da palavra — e, claro, sua grafia correta.
“Desde sempre nós aprendemos que mau com U é o contrário de bom, mal com L é o contrário de bem. Só que nós precisamos avançar nesse entendimento. Mau com U, antes de tudo, é um adjetivo, é um caracterizador, de especificar o substantivo. Neste momento, ‘lobo mau’ com a cara de feroz é um lobo que não é bom, é um lobo que faz maldades. Então esse ‘mau’ com U é adjetivo, por isso está grafado com U”, explicou.
Na sequência, ele esclareceu a aplicação de “mal” com L:
“Na frase mais abaixo, em que tem a imagem de um lobo adoentado e a expressão ‘lobo mal’ grafado com L, já não é mais adjetivo, já não é mais qualidade ou característica, é modo. É o modo como está o lobo — e ele está mal, ou seja, ele não está bem de saúde. Por isso que entrou ‘mal’ com L.”
Golbery reforçou que, embora ambas as formas estejam ligadas a um substantivo (no caso, “lobo”), cada uma cumpre uma função diferente: “mau” com U qualifica, enquanto “mal” com L indica o estado ou modo.
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