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*Vídeo: ParaibaOnline
O professor do curso de Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Eanes Pereira, destacou os avanços da inteligência artificial aplicada à saúde durante sua participação em um evento internacional sobre neurociência e neurotecnologia realizado em Campina Grande. A iniciativa é organizada pela Angar 7 Eventos e reúne médicos, neurocientistas e neurocirurgiões do Brasil e de países como Estados Unidos e Índia.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM, Eanes explicou que o evento já contou com palestras importantes, incluindo a do pesquisador norte-americano Dr. Katep, além de apresentações voltadas às aplicações da IA na medicina. O professor apresentou estudos desenvolvidos na UFCG sobre o uso de inteligência artificial para o processamento de sinais de eletroencefalografia, voltados ao diagnóstico de doenças como epilepsia e outros distúrbios neurológicos.
“Nós já temos artigos publicados e premiações, como no evento Link da Inovação, aqui na Paraíba. Trabalhamos há mais de três anos com aplicações como o reconhecimento de emoções em músicas, e agora estamos expandindo isso para a área da saúde”, afirmou.
Segundo o professor, as soluções já se encontram em estágio de protótipo, com resultados científicos divulgados, mas ainda não estão sendo utilizadas pela sociedade. A expectativa é que o evento promova parcerias que possibilitem a execução prática desses softwares. “Tivemos ontem uma conversa com o Dr. Daniel [Almeida Filho, secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia] para verificar possibilidades de implementar os protótipos que já desenvolvemos. A conexão entre universidade, indústria e profissionais da saúde é o que pode destravar esse processo”, pontuou.
Eanes reforçou que a falta de apoio institucional e de articulação entre a academia e o setor produtivo ainda é um entrave. Contudo, ele acredita que eventos como este representam um passo importante para aproximar a pesquisa acadêmica das demandas concretas da sociedade.
“Esse é um ambiente extremamente fértil para a troca de ideias e o surgimento de parcerias que podem transformar teoria em inovação aplicada. É assim que a ciência se coloca a serviço das pessoas”, concluiu.
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