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Neurotecnologia: Secretário destaca avanços e desafios sobre manipulação cerebral

Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2025 às 9:21

ParaibaOnline

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*Vídeo: ParaibaOnline

O futuro da neurotecnologia e seu impacto no tratamento de transtornos mentais como depressão e ansiedade foi um dos temas centrais da fala do secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Daniel Almeida Filho, durante entrevista ao ParaibaOnline.

Segundo ele, embora o avanço tecnológico permita hoje a introdução de informações no cérebro de forma mais acessível, ainda há limitações significativas quando se trata da manipulação ou eliminação de memórias traumáticas.

“Essa manipulação de memória ainda vai ser muito grosseira, do mesmo jeito que muitas cirurgias ainda são. A gente não tem uma personalização, um refinamento para poder fazer isso”, explicou.

O secretário destacou que, apesar dessas barreiras, já existem tecnologias em uso clínico com resultados promissores. Um exemplo é a Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (rTMS), aprovada pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos), que atua por meio de impulsos magnéticos sobre regiões específicas do cérebro. “Tem sido uma das principais tecnologias utilizadas hoje para depressão refratária à medicação”, afirmou.

Além dos equipamentos, Dr. Daniel reforça que a neurotecnologia vai além da máquina: pode incluir terapias celulares e até compostos naturais estudados pela ciência moderna. Um exemplo citado foi o estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que analisaram os efeitos da ayahuasca, chá utilizado em contextos ritualísticos por povos indígenas. O estudo, publicado em revista científica de alto impacto, demonstrou que uma única dose da substância teve efeitos antidepressivos duradouros.

“A ayahuasca possui uma molécula serotoninérgica chamada DMT, que atua de forma semelhante a antidepressivos tradicionais. Isso mostra que há múltiplas frentes de pesquisa promissoras para entender e tratar doenças como depressão”, concluiu.

A fala do secretário ressalta a transversalidade do tema, que envolve ciência, saúde pública, inovação e até cultura ancestral, revelando caminhos que podem transformar profundamente o cuidado com a saúde mental nos próximos anos.

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