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Foto: Ilustrativa/Freepik
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A campanha Março Azul-Marinho reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer colorretal, que é a terceira principal causa de morte por tumores malignos no Brasil. A iniciativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia busca conscientizar a população sobre os fatores de risco e os métodos de prevenção da doença, que pode ser silenciosa em seus estágios iniciais.
Em entrevista à Rádio Caturité FM, o médico coloproctologista David Morano explicou que a principal origem do câncer colorretal são os pólipos intestinais, que podem se transformar em tumores malignos ao longo dos anos.
“No início, vai existir uma lesão benigna, que a gente chama de pólipo. Esse pólipo cresce devido a diversos fatores, como alimentação inadequada, e pode levar de sete a dez anos para se tornar um tumor maligno”, afirmou.
O especialista ressaltou que mudanças nos hábitos intestinais, sangramento nas fezes e dores abdominais podem ser sinais da doença e alertou sobre a importância da prevenção primária, que inclui uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável.
“O excesso de carne vermelha na dieta pode causar danos no DNA das células da mucosa intestinal, levando ao aparecimento de pólipos, que, futuramente, podem se transformar em tumores malignos”, destacou.
Além da alimentação, outras medidas preventivas incluem evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, praticar atividades físicas e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados. “Frutas, legumes, verduras e fibras naturais ajudam a proteger a mucosa intestinal, reduzindo o risco de desenvolvimento do câncer colorretal”, acrescentou o médico.
Foto: Reprodução/redes sociais
Morano também enfatizou a importância da prevenção secundária, por meio de exames de rastreamento, como a colonoscopia. “Antes, recomendávamos esse exame a partir dos 50 anos, mas hoje sabemos que, aos 45 anos, as defesas do organismo já começam a baixar, favorecendo o surgimento de pólipos. A colonoscopia é fundamental para identificar e remover essas lesões precocemente”, explicou.
Por fim, o coloproctologista destacou que o tratamento do câncer colorretal envolve uma equipe multidisciplinar. “O coloproctologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento, mas o oncologista clínico, o oncologista cirúrgico, o gastroenterologista e o cirurgião do aparelho digestivo também desempenham papéis essenciais nesse processo”, concluiu.
O Março Azul-Marinho segue como um alerta para que a população adote hábitos saudáveis e realize exames preventivos, garantindo mais qualidade de vida e aumentando as chances de um diagnóstico precoce.
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