Saúde e Bem-estar

Especialistas enfatizam consequências do uso exagerado de smartphones

Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 12:52

uso de celular

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O uso excessivo de smartphones e a dependência cada vez maior das redes sociais para registrar momentos marcantes têm levantado debates sobre como isso impacta as relações humanas e a vivência das experiências. Em entrevista à Rádio Caturité FM, a psicóloga Ana Karine Gonçalves, o fotógrafo Leonardo Araújo e o psicólogo Rodrigo Melo compartilharam reflexões sobre o tema, destacando a necessidade de equilíbrio entre o registro digital e a presença genuína nos momentos impossíveis.

Para a psicóloga Ana Karine Gonçalves, o hábito de transformar tudo em grandes eventos para ser registrado tem desvalorizado a vivência simples e autêntica. “As relações de cuidado estão sendo deixadas de lado. Parece mais importante tirar foto do momento do que estar no momento. Isso vai deixar as relações cada vez mais frágeis e transformar eventos cotidianos em uma busca por estímulos maiores. Quando não apreendemos a vivenciar o agora, perdemos a essência do momento. No futuro, essas gerações terão memórias muito limitadas, porque tudo foi limitado a registros fotográficos e não a vivências reais”, alertou.

O fotógrafo Leonardo Araújo trouxe uma perspectiva do impacto do excesso de smartphones em eventos, tanto para os profissionais quanto para os convidados.

“Com a evolução vieram os celulares e as máquinas fotográficas pequenas que todo mundo teve acesso dentro do digital. Todo mundo tem um celular e todo celular tem câmeras. E as pessoas sentem obrigação de registrar tudo. Isso aqui é muito bom a gente estar mandando ao vivo, estar tirando foto para pessoas, familiares de todos os outros lugares, de outras cidades. Isso é bom, não deixa de ser positivo. Agora tem que se colocar no lugar de quem está ali para fazer o seu trabalho. Tem um profissional fazendo o trabalho e a prioridade é dele”, explicou.

Rodrigo Melo, psicólogo, foi ainda mais enfático sobre as consequências do uso exagerado dos smartphones em eventos e na rotina.

“Ao invés de se experienciar, você deixa de lado a sua vida, a sua experiência e passa a só filmar, fotografar. Você está inclusive não só deixando de viver, você está perdendo de viver. E se a gente for na base desse pensamento, desse raciocínio, deixar de viver é morrer, é uma espécie de mortificação das experiências do cotidiano, mas uma mortificação no sentido, assim, ruim”, lamentou.

Ouça a reportagem completa.

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