São João: conheça a história por trás da cidade cenográfica do Parque do Povo

Entre turistas e campinenses, todos os dias milhares de pessoas apreciam o colorido e as belezas espalhadas pela cidade cenográfica do Parque do Povo. Em cada uma de suas ruas e réplicas, mora um pedacinho da história e memória de Campina Grande.

No epicentro d’O Maior São João do Mundo, passado e presente se encontram em um só lugar e, apesar de toda a modernidade que hoje circunda a festa, esses pequenos detalhes nos permitem viajar por diferentes épocas da Rainha da Borborema, proporcionando, por exemplo, um lanche no Beco 31 ou na rua Quebra-quilos, tirar uma foto em frente a antiga Catedral, ou até mesmo entrar no luxuoso Cassino Eldorado.

O São João já está se despedindo e deixando um gostinho de saudade, mas ainda dá tempo de conhecer melhor um pouco da história por trás da cidade cenográfica do PP.

Confira os principais lugares:

Telégrafo

Inaugurado em 1814, o prédio inicialmente foi a primeira cadeia da, até então, Vila Nova da Rainha. Somente em 1896 foi instalada a “Estação Telegráfica” e a frase “Telégrafo Nacional” foi afixada na fachada. Atualmente, o prédio, que fica localizado na Avenida Floriano Peixoto, é sede do Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.

Beco 31

A Rua Monsenhor Sales, ou como é popularmente conhecida, Beco 31, foi palco da boemia campinense, principalmente na época de ouro do algodão. A rua ficou conhecida desta forma, pois abrigava o Clube Renascença 31, famoso por seu baile de carnaval, frequentado pela juventude da época.

Catedral de Nossa Senhora da Conceição

Inaugurada em 1769 para suprir as ‘necessidades espirituais’ da cidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição só ganhou o formato que conhecemos atualmente em 1887, quando Monsenhor Sales propôs uma grande reforma para que a igreja acompanhasse o crescimento da cidade.

Leonardo Silva

Largo do Capitólio

A construção, no estilo art déco, foi inaugurada em 1934. O Cine Capitólio foi um instrumento de grande importância para a história campinense. Além das exibições cinematográficas, lá aconteciam diversas manifestações culturais. Em seu palco passaram figuras importantes da política, comunicação e do entretenimento. Encerrando suas atividades no final dos anos 90, hoje o cine está sendo restaurado e deve ser inaugurado em breve.

Cassino El Dourado

Inaugurado no final dos anos 30 o Cassino foi uma edificação de grande importância para a Rainha da Borborema. Por lá passavam os senhores da sociedade algodoeira, políticos e todos que compunham a alta sociedade campinense. Artistas famosos da época de ouro do cassino se apresentaram em seu palco e ficaram marcados para sempre na história de Campina Grande.

Contudo, suas atividades foram encerradas em meados dos anos 60 e o edifício, que outrora fora tão importante, vem sendo consumido pelo tempo e pelo abandono.

Rua Quebra-Quilos

O ano era 1874 e iniciava-se a Revolução Quebra-Quilos na feira livre de Campina Grande, onde hoje ficam os distritos de Galante e o município de Fagundes. Inúmeras pessoas invadiram a feira e protestaram contra o novo sistema de pesagem instituído pelo governo. A rua recebeu esse nome em homenagem à revolução.

Gostou do passeio pela história de Campina Grande e pela cidade cenográfica do São João? Antes da festa se despedir, ainda dá tempo de conhecer esses espaços pessoalmente no Parque do Povo, até o próximo domingo (6), dia de encerramento do evento.

*Maria Clara Teixeira