Policial

“Mulheres em Foco”: advogada alerta sobre o crime de stalking

Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2025 às 11:26

golpes celular

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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A advogada Talita Lucena trouxe um tema de grande relevância para o público feminino em sua coluna “Mulheres em Foco”, nesta segunda-feira (5), na rádio Caturité. O assunto foi o crime de stalking — a perseguição reiterada que causa medo e constrangimento à vítima, mesmo sem violência física.

“Stalking é uma perseguição repetida e intencional que causa medo, constrangimento e até abalo emocional na vítima. Não precisa haver agressão física. Basta que a pessoa fique indo atrás, perseguindo, vigiando, mandando mensagens, sempre querendo mostrar que está por perto da vítima, mesmo sem que ela queira a presença dele. Isso é crime”, explicou Talita.

A advogada destacou que a lei que criminaliza o stalking surgiu diante do cenário crescente de violência contra mulheres no Brasil, especialmente em casos de fim de relacionamento.

“Muitas vezes o stalking é um passo anterior para a violência. Começa com a perseguição e depois evolui para agressões físicas, abusos e até feminicídio. Denunciar é uma forma de prevenir tragédias”, alertou.

Segundo dados do Ministério da Justiça, mais de 30 mil boletins de ocorrência por perseguição foram registrados apenas no primeiro ano de vigência da lei. A maioria das vítimas são mulheres e, em grande parte dos casos, os agressores são ex-companheiros inconformados com o fim da relação.

Talita também chamou atenção para o stalking digital, que ocorre por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.

“Sabe aquela pessoa que manda dezenas de mensagens, cria perfil falso para te vigiar, ameaça publicar vídeos ou fotos íntimas? Isso também é stalking e é crime. É importante ficar atento, reunir provas como prints, áudios, vídeos e testemunhos, e procurar uma delegacia da mulher ou a delegacia comum para registrar o boletim de ocorrência”, orientou.

Foto: ParaibaOnline/Arquivo

A advogada reforçou que a vítima pode solicitar medidas protetivas de urgência, que proíbem o contato e a aproximação do agressor.

“Você tem direitos garantidos por lei e não precisa enfrentar isso sozinha. A criminalização do stalking é uma conquista da luta pelos direitos das mulheres por segurança, respeito e dignidade. Por isso, estamos aqui no quadro Mulheres em Foco, levando informação para todas”, concluiu Talita Lucena.

Ouça a explanação completa.

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