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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo
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A Polícia Federal estimou, até a noite desta quinta-feira (24), um valor de cerca de R$ 41 milhões em bens e dinheiro apreendidos na operação Sem Desconto, deflagrada nesta semana, contra um esquema de fraudes em descontos no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
De acordo com o órgão, a lista inclui 61 veículos terrestres, avaliados em cerca de R$ 34,5 milhões e 141 joias ou semijoias, estimadas em R$ 727 mil.
Além de um valor equivalente a R$ 1,2 milhão em moeda estrangeira em espécie e R$ 470 mil em moeda brasileira e três armas.
Os valores totais e a quantidade exata estão sendo apurados pela PF. Os proprietários desses bens ainda não foram divulgados pela polícia.
Ao todo, foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) participaram da ação.
As buscas incluíram o gabinete e a residência de Alessandro Stefanutto, demitido do cargo de presidente do INSS após a deflagração da operação.
As ações ocorreram no Distrito Federal e em 13 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Segundo o diretor-geral da PF, com um único alvo, foram apreendidos vários carros, entre eles uma Ferrari e um Rolls Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões. Com outro, 200 mil dólares e, um segundo, 150 mil dólares.
A PF também cumpriu seis mandados de prisão temporária contra dirigentes e integrantes de entidades de classe, como associações e sindicatos, que formalizaram Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com a autarquia.
Esses acordos permitem que entidades realizem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários do INSS, desde que autorizados pelos aposentados e pensionistas.
De acordo com a polícia, algumas associações, porém, teriam fraudado assinaturas de aposentados ou feito descontos em aposentadorias que não teriam sido autorizados.
Segundo as investigações, a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual a porcentagem foi feita de forma ilegal.
Há 12 inquéritos policiais tramitando sobre o tema em Sergipe, Distrito Federal, Minas Gerais, Ceará e São Paulo.
*CONSTANÇA REZENDE/Folhapress
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