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O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), concedeu entrevista nesta segunda-feira (24) ao Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM, e detalhou os fatores que, segundo ele, contribuíram para o atual cenário de pressão financeira e desafios na saúde do município.
Bruno apontou que parte das dificuldades decorre de atrasos em processos legislativos e orçamentários, o que afetou diretamente o fluxo de recursos destinados às cidades.
Segundo ele, “a votação do Orçamento 2025 deveria ter acontecido em dezembro do ano passado e só veio acontecer entre meados de abril e maio. Isso muda completamente o cronograma de indicação e recebimento de recursos extraordinários, como, por exemplo, recursos de emendas que são extremamente necessários para uma cidade do porte de Campina.”
O prefeito também mencionou que o próprio governo federal reconhece, na LDO 2026, o impacto crescente dos gastos obrigatórios — situação que, segundo ele, também afeta os municípios.
Bruno destacou o peso da folha de pessoal: “O principal dos gastos obrigatórios é a folha. Só para citar um caso, a categoria de agentes comunitários de saúde, que tem 553 servidores, apresentou um crescimento na despesa de quase R$ 30 milhões de um ano para cá.”
Ele ressaltou que, enquanto a despesa cresce em ritmo acelerado, a receita não acompanha.
“Quando faço a análise da evolução desses recursos entre 2021 e 2025, estamos falando de uma diferença de 269% de crescimento. Nesse mesmo período, a inflação foi de cerca de 20%. Enquanto a despesa cresceu 270%, a receita passa longe de crescer na mesma proporção.”
Bruno afirmou que muitas dessas despesas decorrem de legislações anteriores que continuam impactando os cofres municipais.
Outro ponto citado pelo prefeito foi a ampliação da rede hospitalar municipal.
“Campina Grande tem quatro hospitais municipais. Quando assumi, dois funcionavam de portas abertas; hoje, quatro funcionam. Isso tem um custo elevado, mas traz impacto positivo na vida do cidadão, que antes ficava dias ou semanas aguardando leito na UPA.”
Ele esclareceu que esse conjunto de despesas acaba comprimindo a capacidade de investimentos discricionários, gerando o que chamou de “engessamento orçamentário”.
Consultoria para reorganização financeira em andamento
Questionado sobre a consultoria contratada pela gestão para reequilibrar o sistema de saúde e as contas públicas, Bruno garantiu que o trabalho já começou.
“Ela já vem sendo implementada em vários aspectos. A implementação efetiva vai ocorrer quando apresentarmos os detalhes à população e às principais lideranças da cidade. Vamos reunir entidades empresariais, CDL, Associação Comercial, igrejas e as pessoas que fazem a cidade acontecer para apresentar o diagnóstico, os pontos e as soluções propostas.”
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