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Por um adeus responsável: o que fazer quando um animal morre?

Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 8:30

imagem ilustrativa - cachorro

Foto: Pixabay/ilustrativa

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Quase todo mundo tem ou já teve um bichinho de estimação muito querido, presente em inúmeras fases da sua vida.

Mas sabemos que, para eles, os anos não passam da mesma maneira que para os seres humanos e, infelizmente, é preciso se despedir mais cedo de nossos companheiros. Nesses momentos, além da tristeza provocada pela perda, muitas vezes não sabemos qual é a maneira mais adequada e, sobretudo, ética de dar a eles um final digno e correto.

Então, afinal, o que deve ser feito nesse momento e qual é o manejo correto para o corpo desses animais? Em busca dessa resposta, que não é simples, nem universal, o ParaibaOnline conversou com dois especialistas no assunto, a veterinária Carla Caroline e o responsável pela remoção de animais mortos da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande (Sesuma), Janildo Barbosa.

O primeiro ponto é que os passos que se sucedem a morte de um animal irão depender das circunstâncias em que ele veio a óbito. Em casos particulares, em que ela ocorre em um consultório, quem fica responsável pela destinação é a clínica, em conjunto com o tutor.

“Se o falecimento aconteceu na clínica, a equipe veterinária já vai estar preparada para realizar todos os procedimentos. Então, eles confirmam o óbito, preparam o corpo e oferecem as opções de enterro ou de cremação”, explica a veterinária.

Quando esse falecimento ocorre em casa, a veterinária orienta aos tutores que busquem o apoio das clínicas e que, em hipótese alguma, descartem os animais em terrenos ou no quintal de casa, ao menos, neste último caso, que exista autorização e orientação por parte da prefeitura.

“O mais importante é que o tutor não descarte o corpo desse animal em lixo comum, em terrenos baldios ou em rios. Essa prática é ilegal e é desrespeitosa com o animal. É um risco grave à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, não é recomendado também que esse animal seja enterrado no quintal de casa, a não ser que tenha alguma autorização específica e orientações da prefeitura”, comenta a veterinária.

Em outros casos, sobretudo para aqueles animais que vivem em situação de abandono, o correto é acionar o órgão responsável pela coleta em seu município. Em Campina Grande, a pasta que realiza essa coleta é a Sesuma. Janildo Barbosa, que está à frente desses casos na secretaria, explica que a população é fundamental para que o trabalho realizado pelo órgão seja de fato eficaz.

“A população pode entrar em contato com a nossa central de atendimento por telefone, ou pode procurar aqui a Sesuma, no Departamento de Limpeza Urbana, para solicitar essa coleta. Em casos onde tanto a população pode encontrar esses animais, como podem ser os donos deles, quando eles estão em vias ou logradouros públicos, o nosso departamento pode realizar a coleta, onde o procedimento geralmente acontece mediante solicitação da população.

Após isso, a nossa equipe se desloca até o local e faz o recolhimento de forma segura, com todos os equipamentos de proteção individual ou coletiva adequados”, pontua Janildo.

Além disso, ele também emite um alerta sobre esses animais que são encontrados com suspeita de doenças, já que essas enfermidades podem ser fatais não apenas para os próprios animais, mas também para os que vivem ao redor, incluindo os seres humanos.

“Há risco sanitário significativo no manejo incorreto de animais mortos, especialmente quando não são adotados cuidados de biossegurança. Isso ocorre porque os corpos, em decomposição, podem abrigar microrganismos, transmitir doenças e também contaminar o meio ambiente”, explica Janildo.

Para evitar que ocorra a contaminação, a Sesuma segue um protocolo padrão para impedir que essas doenças se espalhem e se tornem um problema de saúde pública ou ambiental. Nesses casos, ele orienta a população sobre os procedimentos corretos ao encontrar animais nessa situação.

“Animais mortos, em circunstâncias suspeitas, ou seja, com sinais de raiva, leptospirose, leishmaniose, intoxicação e outros, devem ser notificados à vigilância epidemiológica. Quando o animal é encontrado em via pública, a orientação é não tocar. Entre em contato conosco e informe a localização exata, o tipo, o tamanho aproximado do animal, se há sinais suspeitos de sangramento, espuma, dor forte ou mutilação e aguarde a equipe da Sesuma, que faremos a retirada com segurança”, instrui Janildo.

Como acionar a Sesuma?

Para esclarecer dúvidas, ou solicitar os serviços da Sesuma em Campina Grande, a população pode entrar em contato por meio dos telefones (83) 99396-4356, (83) 3310-6115 ou (83) 3310-6125.

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