Do Egito ao Brasil: saiba curiosidades da evolução dos pães e bolos

*Vídeo: ParaibaOnline

O quadro “Do Grão ao Pão”, transmitido todas as sextas-feiras na Rádio Caturité FM, trouxe uma verdadeira viagem pela história da panificação e confeitaria, com a participação do presidente da Associação dos Panificadores, Norival Monteiro, e da empresária Ana Isabel, da Panificadora Pão Nosso.

Norival lembrou que a tradição do pão e de outras iguarias nasceu há milhares de anos com os egípcios e, ao longo do tempo, foi sendo adaptada por diferentes culturas.

“Essa herança o mundo todo deve aos egípcios, tudo surgiu por lá. Depois os europeus desenvolveram técnicas, trouxeram para o Brasil, e aqui fomos adaptando com insumos locais. Um exemplo clássico é o pudim: inicialmente salgado, feito de carne e gordura, mas que ao longo do tempo ganhou leite condensado e creme de leite, transformando-se na sobremesa que conhecemos hoje”, explicou.

Na sequência, Ana Isabel falou sobre a tradição portuguesa dos bolos e como, ao chegar ao Brasil, essa cultura precisou se adaptar à realidade local.

“Os portugueses trouxeram a cultura do bolo, mas aqui não encontraram os mesmos ingredientes da Europa. Então começaram a substituir pelo milho, macaxeira, mandioca e batata-doce, criando delícias típicas como o bolo de macaxeira, o bolo de milho e o bolo Souza Leão. Até o bolo de rolo de Pernambuco é uma adaptação do rocambole europeu, só que com o nosso doce de goiaba”, destacou.

A empresária também ressaltou como as padarias têm buscado atender às novas demandas dos consumidores que possuem restrições alimentares.

“Hoje há muita procura por bolos sem açúcar ou sem trigo. Na Pão Nosso fazemos um bolo diet que leva aveia, banana e passas, sem adição de açúcar e sem leite. Mas é importante lembrar que em padarias não é possível garantir produtos 100% sem glúten por conta da contaminação cruzada. Até a aveia, que naturalmente não tem glúten, pode ser contaminada no processo industrial”, explicou Ana Isabel.

Para além da história e da tradição, o quadro também valorizou a inovação e a atenção às novas necessidades dos consumidores, mostrando que a panificação continua em constante evolução.