Fechar
O que você procura?
Foto: Matheus Borges e Agnaldo (Pascom Diocesana)
Continua depois da publicidade
Continue lendo
A Sexta-feira Santa, um dos momentos mais solenes da Semana Maior, é marcada por momentos de silêncio, oração e profunda reflexão.
Nesse dia, a Igreja celebra a Paixão e Morte de Jesus Cristo, recordando o sacrifício do Filho de Deus e contemplando o amor supremo revelado na cruz.
Na Catedral Diocesana de Campina Grande, a celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, e contou com a participação de centenas de fiéis.
A liturgia, rica em simbolismos, foi marcada pelos ritos tradicionais como a entrada em silêncio, a prostração do bispo diante do altar e a adoração e o beijo na cruz, conduzindo todos a uma profunda meditação sobre o mistério da cruz.
Encerrando a celebração, foi realizada a tradicional Procissão do Senhor Morto, que saiu da Catedral por volta das 17h.
O cortejo seguiu pelas ruas Bento Viana, Vila Nova da Rainha, João da Mata, Vidal de Negreiros e retornou pela Floriano Peixoto até a Catedral. Milhares de fiéis acompanharam em silêncio, manifestando sua fé e reverência diante da morte redentora de Cristo.
Na homilia, o bispo refletiu sobre o “Pontífice”, título atribuído a Jesus, que significa “construtor de pontes”.
Diferente dos antigos sacerdotes pagãos ou do sumo sacerdote judeu, Cristo realiza plenamente essa mediação. Ele é o verdadeiro Pontífice da Nova e Eterna Aliança, como ensina a Carta aos Hebreus.
“Pontífice, do latim “pontifex”, possui o significado de “construtor de pontes”. Tal título detinha o imperador romano, que adicionou, para destacar-se, o adjetivo “maximus”, distinguindo-se supremo dos outros sacerdotes pagãos, participantes do Colégio dos Sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana”, situou.
Foto: Matheus Borges e Agnaldo (Pascom Diocesana)
Dom Dulcênio destacou o encontro entre Jesus e Caifás, evidenciando o contraste entre o sacerdócio terreno e o sacerdócio eterno.
Mesmo diante de um julgamento injusto, Cristo mantém Sua dignidade, responde com sabedoria e assume ser o Filho de Deus. Sua resposta não é por submissão à autoridade de Caifás, mas por fidelidade à verdade que salva.
“Dentro dos evangelhos sinóticos, o de Mateus lança luzes sobre a trama histórica acerca da infame condenação de Jesus por parte do Sinédrio encabeçado por Caifás, que, não conseguindo o que desejava, investiu a que o Senhor Se declarasse contra Si mesmo: ´Por Deus vivo, conjuro-te que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus´ (Mt 26,36), ao que Jesus confirmou-lhes. O Senhor responde, não por respeito a uma autoridade que carecia de direito a interrogar, mas porque, naquela ocasião, Seu silêncio equivaleria a uma retratação.”
O prelado sublinhou ainda o significado do gesto de Caifás ao rasgar suas vestes, indicando o fim do antigo sacerdócio. Com a morte de Jesus, o véu do Templo também se rasga, sinalizando que agora temos acesso direto a Deus. Cristo, o Sumo Sacerdote perfeito, ofereceu-Se uma única vez, realizando de forma definitiva a reconciliação entre Deus e a humanidade.
*com informações apascom/cg
© 2003 - 2025 - ParaibaOnline - Rainha Publicidade e Propaganda Ltda - Todos os direitos reservados.