Paraíba

Prefeitura de Campina Grande amplia debate sobre abuso sexual de crianças e adolescentes

Da Redação com Codecom/CG
Publicado em 24 de maio de 2024 às 22:35

saúde mental

Foto: Freepik

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Com o título “Abuso e Exploração Sexual: Atuação Preventiva no Centro de Referência de Assistência Social do Jeremias”, foi realizado nesta quinta-feira na unidade, ligada à Secretária de Assistência Social (Semas), uma tarde de discussão sobre o tema, que tem como referência o mês de maio.

A discussão foi proposta pela estudante do 7º período do curso de Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Ariane Andrade da Silva, como pré-requisito para finalização do estágio supervisionado no próprio CRAS.

A atividade foi dedicada ao grupo Jóias Raras, e reuniu um público com mais de 30 mulheres.

Na ocasião, a expositora abordou principalmente a importância do acolhimento das vítimas e denúncia dos abusadores.

Ariana contou que escolheu o tema pela importância da campanha nacional Maio Laranja – contra exploração e abuso infantojuvenil e aproveitou a discussão para compartilhar os conhecimentos com a comunidade.

“Esta intervenção faz parte da terceira fase do estágio supervisionado, sendo a primeira a observação do tema, seguida da caracterização e por fim a intervenção social. Para isto, é preciso apresentar algumas informações do Estatuto da Criança e do Adolescente e sobre as denúncias realizadas dentro deste contexto”, disse.

De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em 2023 ocorreram mais de 31 mil denúncias de casos de abusos a crianças e adolescentes no Brasil.

Para a profa. Ingridy Lammonikelly, orientadora da UEPB, esse tema deve ser trabalhado sempre para que os familiares saibam a quem recorrer ao identificar casos de abusos com crianças e adolescentes.

“É importante informar para que as mães, pais, avós, entendam como proceder em uma ocasião como essas. É sabido por todos que muitos casos acontecem no âmbito familiar, na relação de confiança, seja a família extensiva ou mesmo vizinhos, afirmou.

Alzenira Lima, dona de casa, avó de um adolescente de 14 anos e uma criança de 7, se diz atenta ao tema, pois se preocupa muito com a família e por isso quis aprender mais sobre o assunto.

“Eu vim aqui aprender mais sobre esse tema pois sou avó e quero ficar atenta ao menor sinal de coisa errada com qualquer um dos meus. Esse esclarecimento serve pra gente saber como vigiar em casa e fora. A maioria desses casos é na maioria das vezes, falta de atenção da família aos sinais apresentados pelas crianças”, disse a mulher

Para a coordenadora do CRAS Jeremias, Kátia Farias, esse é um momento muito rico de intervenção para todas as presentes, pois é o resultado de um trabalhado comprometido a entregar resultados de análises feitas durante o estágio supervisionado dentro do próprio órgão da Semas”, ressaltou a coordenadora.

Outras Ações

A discussão realizada pelo CRAS Jeremias faz parte de um conjunto de ações realizadas e apoiadas pela Secretaria de Assistência Social (Semas), contemplando esta temática. Neste sentido, a Ação Intersetorial em combate ao abuso e exploração sexual de jovens e adolescentes, também faz parte desse contexto e acontece durante os festejos do Maior São João do Mundo, nas imediações do Parque do Povo e distritos de Galante e São José de Boa Vista.

Números

Em 2023, o Disque 100 somou mais de 60,7 mil violações sexuais contra crianças e adolescentes por meio de 31,2 mil denúncias. Os dados indicam que, a cada 24h, mais de 166 violações; sete violações a cada hora; uma violação a cada 8 minutos.

Os números resultam da efetividade do canal de denúncias, que está sendo mais acessado pela população. O serviço é gratuito, anônimo e pode ser acionado de qualquer lugar do país.

A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos ressalta que cada denúncia pode conter uma ou mais violações.

O Disque 100 recebe denúncias de violações contra crianças e adolescentes. Além de ligação gratuita bastando apenas digitar 100.

Em todas as plataformas as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que a pessoa denunciante possa acompanhar o andamento da denúncia diretamente.

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