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Tabata declara apoio a Boulos e diz que ela conteve Marçal

Da Redação*
Publicado em 7 de outubro de 2024 às 7:49

Foto: Ascom/PSB

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A candidata do PSB, Tabata Amaral, afirmou que vai votar em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. A deputada federal ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 9,93% dos votos.

Após declarar voto no candidato do PSOL, ela afirmou que não vai subir em palanque e nem negociar cargo nem no âmbito municipal, nem estadual e nem federal. Tabata chamou Nunes de “medíocre” e disse que Marçal não foi para o segundo turno por causa dela.

Sob o lema “rua, rua, rua”, a candidata do PSB manteve a confiança nos últimos dias de campanha e intensificou sua agenda, encerrada na véspera do primeiro turno, às 22h, horário limite estipulado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TSE) para o fim da propaganda eleitoral.

No dia do primeiro turno, ela votou acompanhada da vice, Lúcia França, do ministro Márcio França e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Depois, ela se emocionou e afirmou que o resultado das urnas poderia surpreender e que fez uma campanha voltada para as discussões sobre os problemas da cidade, enquanto os adversários armaram um circo para mudar as prioridades do debate.

No sábado, o vice-presidente elogiou Tabata, disse que ela foi a candidata que manteve postura em meio a uma eleição marcada pela selvageria. Questionado sobre a relação com o presidente Lula (PT), Alckmin disse que os apoios diferentes são naturais, uma vez que cada um é de um partido.

“Tem muitas cidades que estamos juntos com o PT, apoiando o candidato do PT. Em muitas cidades, o PT nos apoia e outras, legitimamente, temos candidatos distintos e disputamos”, disse ele no sábado (4).

Em tom de fim de campanha, a deputada federal afirmou que, no último dia de campanha, agradeceu os apoiadores e pediu para eles se multiplicarem.

“A gente sabe que a gente não tem essa campanha milionária como os outros têm, mas a gente tem muito voluntário, muita mulher que acredita. Agora, é pedir para multiplicar na rede social, no dia a dia, no contato”, disse ela.

Na reta final, a candidata se apegou nos indecisos, nos últimos dias de eleições, para mirar em um possível milagre no fim de campanha.

Ela atribuiu a alta parcela de indecisos às vésperas do primeiro turno a “essa baixaria, com essa patifaria toda que a gente viu, mas a campanha só termina para a gente às 22h e para o eleitor amanhã na hora de ir para a urna. Esse time não tem plano B, plano C, não faz outra conversa.”

Tabata foi a primeira candidata a se postar contra Pablo Marçal (PRTB) e atuou como antagonista do ex-coach. Ela reconheceu, porém, o sucesso do influenciador e afirmou em diferentes ocasiões que nas ruas só encontrava eleitores dela e de Marçal.

Um processo do partido do PSB fez a Justiça Eleitoral determinar a suspensão dos perfis de Marçal em redes sociais. Na decisão, a Justiça Eleitoral considerou que os concursos de cortes promovidos pelo candidato do PRTB, que remuneram quem consegue mais visualizações para seus vídeos, seriam abuso de poder econômico e levariam a um desequilíbrio na disputa eleitoral.

Tabata começou a campanha com 5% das intenções de voto e em quinto lugar. Ao longo das semanas, oscilou e chegou às vésperas da campanha com 11%, em quarto lugar, à frente de José Luiz Datena, com quem nutre amizade. Datena quase foi seu vice em uma chapa que ela tentou articular com o PSDB.

Cresceu na campanha a expectativa de um aumento de votos com o bom desempenho nos debates, sobretudo o promovido pela TV Globo, na quinta-feira (3). Além disso, as pesquisas divulgadas na semana anterior às eleições mostravam uma oscilação positiva nas intenções da candidata.

A campanha pelo voto útil promovida por eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) irritou Tabata, que classificou como uma “estratégia rasteira, desonesta, desrespeitosa de quem está desesperado”, disse ela na sexta-feira (4).

“Desesperado porque não conseguiu empolgar. Quase R$ 70 milhões na campanha e não conseguiu mudar intenção de voto. Quem vota em mim não vota fazendo conta.”

Apesar do movimento pelo voto útil não ter partido da campanha de Boulos, mas sim de apoiadores, o psolista falou em debates que brigava contra dois bolsonaristas, Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Já Tabata repetia que não abria mão de suas convicções e que é corajosa. “Esse projeto nunca existiu para ser escada para um outro”, disse.

No sábado, às vésperas da eleição, ela ainda insistiu no carinho que recebeu da população como forma de manter a esperança de crescimento na hora do eleitor ir às urnas.
Também demonstrou certo incômodo com as polêmicas de Marçal, que divulgou nas redes um laudo falso, acusando Boulos de usar cocaína.

Em entrevista a jornalistas na 25 de março, região central de São Paulo, ela condenou a atuação do coach, mas disse que era mais uma tática para ele manter o nome em evidência na véspera do primeiro turno.

*ISABELLA MENON/Folhapress

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