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Educação e Ciência
Foto: ParaibaOnline/Arquivo
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Em alusão ao Dia da Língua Portuguesa, celebrado em 5 de novembro, o professor e pesquisador Golbery Rodrigues falou sobre a riqueza, a diversidade e a constante evolução do idioma que une milhões de pessoas ao redor do mundo.
Segundo ele, mais de 4 mil palavras do nosso vocabulário — como almofada, açúcar e azeite — têm origem árabe, resultado do intenso intercâmbio cultural vivido durante as grandes navegações. Essa mistura, explica o educador, também incorporou influências de línguas africanas, indígenas e asiáticas, tornando o português uma língua viva e plural.
“O português falado no Brasil tem sabores e sons tão diferentes do português de Portugal ou de Moçambique exatamente por estar em constante diálogo com outras culturas”, destacou.
Golbery também comentou a discussão acadêmica em torno da origem do idioma.
“Há estudiosos, como o linguista Fernando Venâncio, que defendem que o português não nasceu com os portugueses. Em sua obra Assim Nasceu Uma Língua, Venâncio desafia a visão tradicional de que a língua deriva diretamente do latim, sugerindo que ela veio de uma variação do galeta. O fato é que essa afirmação é controversa, mas o consenso científico é de que o português, como língua românica, tem suas origens no latim vulgar”, explicou o professor.
Para Golbery, celebrar o Dia da Língua Portuguesa é reafirmar a identidade e o pertencimento coletivo.
“A língua é o que nos une com o povo, é o fio que costura nossa história, nossa música, nossa literatura e até o jeito de sentir o mundo. Quando falamos português, carregamos dentro das palavras séculos de memória coletiva”, ressaltou.
O educador também lembrou que o português é hoje uma das línguas mais faladas do planeta, com mais de 260 milhões de falantes em nove países e comunidades espalhadas por todos os continentes.
“É a língua de escritores consagrados como Camões, Machado de Assis, Mia Couto e José Saramago, e de artistas populares que exportam nossa cultura para o mundo. Celebrar o português é reconhecer sua dimensão global e o papel que ele desempenha na diplomacia, na ciência e na arte contemporânea”, afirmou.
Por fim, o professor enfatizou a importância do estudo permanente do idioma:
“A língua é uma ferramenta de expressão e poder. Dominar bem o português amplia nossas oportunidades, tanto profissionais quanto humanas. Quem se comunica bem, pensa melhor, argumenta com clareza, convence com ética e se faz entender. E como o português está sempre mudando, estudar o idioma é acompanhar o movimento da sociedade e participar ativamente da sua evolução.”
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