UFCG tem histórico de inovação com IA desde os anos 1970, destaca professor

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é pioneira em pesquisas na área de Inteligência Artificial (IA) no Brasil. Foi o que destacou o professor Eanes Pereira, do curso de Ciência da Computação, durante entrevista à Rádio Caturité FM.

Segundo ele, trabalhos com IA já são desenvolvidos na instituição desde a década de 1970, muito antes da popularização do tema no debate público e na mídia.

“Quando entrei na universidade, há 20 anos, já encontrei pesquisas em IA em andamento. Conversando com colegas mais antigos, descobri que desde 1970 já havia dissertações de mestrado publicadas sobre o tema”, explicou Eanes, que hoje atua como pesquisador e professor na área.

*Vídeo: ParaibaOnline

O docente relembrou ainda a trajetória de projetos inovadores nos quais participou, como o desenvolvimento de detectores faciais para câmeras digitais da HP – em uma época anterior à explosão dos smartphones. Outro destaque foi a criação de softwares de reconhecimento de emoções em vídeos e imagens, já em 2007, o que hoje só é percebido em filmes de ficção científica e tecnologias emergentes.

De acordo com o professor, a UFCG também tem ampliado sua conexão com o setor produtivo local e nacional por meio de iniciativas como os programas da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). “Hoje, temos projetos com empresas da Paraíba, como uma de João Pessoa, na área de biometria. O Detran-PB, por exemplo, utiliza softwares desenvolvidos com a nossa participação”, revelou.

Eanes enfatizou que muitos usuários sequer percebem o uso constante da IA no cotidiano. “As subáreas da Inteligência Artificial, como a aprendizagem de máquina, estão presentes há décadas em softwares que usamos diariamente. Só que agora, com a popularização do termo ‘IA’, as pessoas começaram a perceber seu impacto”, observou.

A fala do professor reforça o papel estratégico da UFCG como polo de inovação científica e tecnológica, especialmente em áreas de vanguarda como a inteligência artificial, que hoje transformam setores como a indústria, o comércio, a educação e, cada vez mais, a saúde.