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Economia
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
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A advogada Glauce Jácome, especialista em Direito do Consumidor, dedicou o quadro semanal no Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM, para alertar os ouvintes sobre cuidados essenciais durante a Black Friday. Em um período marcado por promoções e grande volume de compras, ela reforçou a importância da conscientização, do controle financeiro e da atenção redobrada às ofertas virtuais.
Glauce iniciou destacando que a chave para um consumo saudável está na educação. “Tudo que a gente queria, tudo que a gente precisava era, de fato, uma educação para o consumo, uma educação desde os primeiros momentos, pra que a gente realmente tomasse as rédeas desse processo”, afirmou.
Segundo ela, a sociedade vive uma forte pressão pelo consumo, o que contribui para práticas impulsivas e endividamento. “Há uma dinâmica muito forte de chamamento ao consumo, nós vivemos numa sociedade de consumo, onde realmente o que se consome e o que se mostra é o que evidencia quem é a pessoa. Por isso, tanto a educação para o consumo quanto a educação financeira deveriam ser trabalhadas desde o início”, explicou.
A advogada reforçou que o ponto de partida para evitar problemas é o controle. “A pessoa precisa fazer seu próprio controle, suas próprias escolhas, e consumir na medida da necessidade. O que eu preciso? O que eu tenho? O que devo comprar agora?”
Atenção aos preços e aos golpes
Neste período de promoções, Glauce lembrou que hoje é mais fácil comparar valores e verificar se um produto realmente está em liquidação. Porém, a internet se tornou o principal campo para golpes. “A gente é muito enganado num ambiente virtual. Às vezes o site parece real, mas é fake, e você acaba comprando porque o preço estava bom”, alertou.
Ela orientou desconfiar de ofertas muito abaixo do valor de mercado. “Se tá muito baixo, muito extraordinário, desconfie, pode ser golpe.”
Informações do produto e cuidados com compras online
Outro ponto enfatizado foi a importância de conferir todas as informações antes de finalizar a compra. “Você compra um eletrônico em promoção e quando o produto chega, a voltagem é 110 e a nossa é 220. São informações básicas, mas que na pressa acabam sendo ignoradas”, disse.
Glauce também reforçou que é fundamental comprar apenas em sites oficiais ou plataformas conhecidas. “Veja se o site realmente é da loja. Mesmo não sendo a vendedora direta, a plataforma é corresponsável. Se tiver problema, você pode reclamar do comerciante e da plataforma”, explicou, citando o Código de Defesa do Consumidor.
Ela também lembrou que compras online garantem ao consumidor o direito de arrependimento, que permite devolver o produto em até sete dias após o recebimento.
Valorize o comércio local
Em meio ao volume de compras pela internet, Glauce incentivou que os consumidores também valorizem o comércio da cidade. Segundo ela, muitas lojas equiparam preços apresentados em aplicativos, desde que o consumidor apresente a oferta ao gerente.

Foto: ParaibaOnline/Arquivo
E se der problema?
Glauce foi clara ao orientar sobre o pós-venda: “Caso o produto tenha problema, volte à loja para fazer a reclamação. Ela tem que resolver no prazo máximo de 30 dias.”
Situações como publicidade enganosa, informação deficiente ou descumprimento da oferta também devem ser denunciadas.
Por fim, ela reforçou o papel dos órgãos de defesa: “Chamem o Procon. Notou alguma situação dessa natureza, aciona o Procon. Quando a gente não encontra preço nas coisas, isso também deve ser denunciado.”
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