Economia

Instituições financeiras sugerem antecipar proibição do uso de cartão em bets

Da Redação*
Publicado em 15 de setembro de 2024 às 13:12

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Foto: Bruno Peres/Agência Brasil/Arquivo

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A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) defende que a proibição do pagamento com cartões de crédito em bets, prevista para janeiro de 2025, seja adiantada. A modalidade é a mais utilizada ao se fazer apostas online no Brasil.

“Estamos bastante preocupados com o quanto isso pode comprometer a renda das famílias e ampliar a inadimplência, aumentando, inclusive, o custo do crédito”, afirmou Isaac Sidney a jornalistas nesta quinta-feira (12).

Recentemente, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proibiu o uso de cartão de crédito em apostas de alíquota fixa, que englobam apostas esportivas (as chamadas bets) e jogos online, a partir do próximo ano.

A norma, publicada pelo Ministério da Fazenda em abril, também definiu que não serão aceitos pagamentos em dinheiro (em espécie), boletos, cheques, criptoativos ou outras formas alternativas de depósito que possam dificultar a identificação da origem dos recursos.

Foram autorizados os pagamentos via Pix ou cartões de débito. Transferências via TED e cartões pré-pagos também serão aceitos.

Sidney disse que esteve em audiência com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na qual defendeu que o governo antecipe a efetividade da medida.

Em julho, o índice de inadimplência de pessoas físicas com o cartão de crédito ficou em 7,39%, abaixo da média de 7,71% dos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central.

Em janeiro, pesquisa Datafolha revelou que 15% dos brasileiros dizem fazer ou já ter feito apostas esportivas online. O gasto médio mensal entre o total de pessoas que apostam é de R$ 263 -equivalente a 20% do salário mínimo de 2023. Três em cada dez apostadores afirmam gastar mais de R$ 100 por mês, mostra o levantamento.

De acordo com o Instituto Locomotiva, um terço desses apostadores estão endividados e possuem dois ou mais cartões de crédito.

*JÚLIA MOURA/folhapress

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