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Foto: Secom-PR
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A água é um elemento que influencia, dentre outras coisas, os processos de povoamento e o desenvolvimento de atividades econômicas. No Nordeste, região marcada por longos períodos de estiagem, sua escassez impactou diretamente a rotina de milhões de famílias durante décadas.
Nesse contexto, a transposição do Rio São Francisco se consolidou como um divisor de águas, sendo um dos maiores projetos de infraestrutura hídrica do país.
O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), uma iniciativa do Governo Federal, faz parte da Política Nacional de Recursos Hídricos, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Com mais de 477 quilômetros de extensão, a obra atravessa quatro estados: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, e tem impacto direto na vida de cerca de 12 milhões de pessoas, garantindo o abastecimento de centenas de municípios e fortalecendo atividades produtivas em regiões antes afetadas pela seca.
A chegada das águas do “Velho Chico” é uma resposta estratégica para reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável, representando, assim, o início de um novo ciclo de prosperidade. Em diversas comunidades, o acesso à água foi ampliado com a chegada do PISF. Pequenos produtores voltaram a plantar e colher, diversificando a produção e aumentando a renda. As cidades, por sua vez, registram crescimento econômico, com novos investimentos e geração de empregos em setores como agricultura, pecuária e comércio.
Conforme explica o Governo Federal, o PISF vai além da construção de canais e estações. Por meio dos Projetos Básicos Ambientais (PBAs), exigências do processo de licenciamento, o programa beneficia diretamente 294 comunidades rurais, entre elas 12 quilombolas, 23 etnias indígenas e 9 assentamentos do INCRA. Nessas localidades, a ampliação do acesso à água tem significado mais dignidade, segurança alimentar e oportunidades de geração de renda.
Além dos impactos diretos, a transposição integra um conjunto de políticas públicas que buscam promover a convivência com o semiárido. O Governo Federal tem ampliado o alcance de adutoras, barragens e sistemas de abastecimento, garantindo o uso racional e contínuo dos recursos hídricos. Para o MIDR, a transposição é mais do que uma obra de engenharia, é um símbolo de compromisso e justiça social.
O projeto reforça o papel do Estado na promoção de políticas (programas como Água para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Bolsa Família, são alguns exemplos), que aproximam o desenvolvimento das populações historicamente esquecidas e garantem condições para que o crescimento seja compartilhado.
Os impactos do projeto já se refletem em indicadores sociais da região. De acordo com o Governo Federal, em Pernambuco, por exemplo, o sistema assegura uma vazão que atende aproximadamente 2,5 milhões de habitantes e abrange 75% da área do estado.
Na Paraíba, mais de 1.100 famílias rurais foram beneficiadas com sistemas de abastecimento, enquanto 848 famílias agricultoras reassentadas nos eixos Norte e Leste já contam com infraestrutura de irrigação e acesso regular à água.
Esses resultados reforçam o papel do PISF como instrumento que viabiliza segurança hídrica e melhoria das condições sociais em áreas historicamente marcadas pela escassez, ainda que a operação carro-pipa continue sendo necessária em diversas localidades.
Tais avanços refletem um esforço contínuo para garantir que o acesso à água seja reconhecido como um direito, e não um privilégio. A presença das águas no sertão amplia horizontes, impulsiona a economia e fortalece o sentimento de pertencimento e esperança de quem sempre acreditou no poder transformador do São Francisco.
O Nordeste atravessa um período de importantes transformações estruturais, marcadas pela ampliação do acesso à água e por investimentos voltados ao desenvolvimento regional. A transposição do Rio São Francisco representa um passo relevante nesse processo, ao contribuir para a segurança hídrica e para a melhoria das condições de vida no semiárido.
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