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Alexandre Moura

Alexandre Moura

Engenheiro Eletrônico, MBA em Software Business e Comércio Eletrônico, Diretor da Light Infocon Tecnologia S/A e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP – Associação Brasileira de Fomento à Inovação em Plataformas Tecnológicas.

Uso de Inteligência Artificial na Medicina

Por Alexandre Moura
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 11:07

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Dando sequência a “série” sobre a utilização de IA (Inteligência Artificial), em diversos setores da economia e da atividade humana, vou continuar com o “tema saúde” (a primeira coluna dessa série foi sobre uso de IA na Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos) abordando agora, o “uso de IA na Medicina”.

A IA tem desempenhado um papel transformador na Medicina (e serviços correlatos), trazendo avanços significativos em diagnóstico, tratamento, pesquisa e administração de serviços de saúde. Com a crescente disponibilidade de dados médicos e o aumento da capacidade computacional, a IA se tornou uma ferramenta indispensável para profissionais e sistemas de saúde, em todo o mundo.

Uma das áreas mais impactadas pela IA é o diagnóstico médico (inclusive mencionei rapidamente, na primeira coluna, o uso de IA no apoio ao tratamento oncológico). Algoritmos baseados em aprendizado de máquina são capazes de analisar imagens médicas, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, com uma precisão e velocidade que, em muitos casos supera facilmente, os métodos tradicionais.

Ferramentas como essas têm ajudado a detectar precocemente câncer, cardiopatias e doenças oftalmológicas, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes.

Uso de Inteligência Artificial na Medicina (II)

A IA também tem revolucionado o campo da “medicina personalizada”. Com base em dados genéticos, históricos médicos (inclusive de familiares) e outras informações dos pacientes, algoritmos de IA podem sugerir tratamentos adaptados às necessidades individuais. Isto é especialmente relevante em áreas como a oncologia, onde medicamentos direcionados podem aumentar significativamente, as chances de sucesso do tratamento prescrito.

O “apoio à tomada de decisão clínica”, é outra área, onde “Sistemas de Suporte à Decisão Clínica” (do inglês CDSS – Clinical Decision Support Systems) já utilizam IA para ajudar médicos a tomar decisões mais assertivas, com base na análise de grandes volumes de dados clínicos, identificando padrões e oferecendo recomendações baseadas em evidências científicas. Isso reduz erros e melhora a qualidade do atendimento.

Com relação a “Gestão Hospitalar”, a IA tem sido usada para automatizar tarefas administrativas, como agendamento de consultas, processamento de registros médicos e controle/otimização de estoques. Tudo isso libera recursos financeiros e humanos para atividades mais estratégicas e no cuidado direto ao paciente.

Uso de Inteligência Artificial na Medicina (III)

A IA também, vem se mostrando uma aliada importante, para os “Laboratórios de Análises Clínicas”, proporcionando maior precisão, agilidade e eficiência nos resultados dos exames. Com o uso de algoritmos avançados, a IA consegue analisar grandes volumes de dados laboratoriais, identificando padrões e auxiliando na detecção precoce de doenças.

Além disso, sistemas automatizados reduzem erros humanos e otimizam o tempo dos profissionais. Desta forma, a IA se torna essencial para a modernização e aprimoramento, dos serviços laboratoriais.

No campo da “pesquisa médica”, a IA acelera o desenvolvimento de novos medicamentos (vide a primeira coluna dessa série) e tratamentos específicos. Técnicas como a análise de Big Data (grande volume de dados não estruturados, em geral ou em alguns casos, referente a um tema específico) e a “modelagem preditiva” ajudam “prever” a eficácia de fármacos, antes mesmo de passarem por testes clínicos.

Esse processo economiza tempo e recursos, encurtando o ciclo de inovação nos tratamentos.

Uso de Inteligência Artificial na Medicina (IV)

Embora as aplicações da IA na Medicina sejam promissoras, também levantam desafios importantes. Questões éticas relacionadas à privacidade de dados dos pacientes, “preconceitos nos algoritmos utilizados” e a responsabilidade por decisões automatizadas, são temas que exigem atenção.

Além disso, a integração eficaz dessas tecnologias depende da formação adequada de profissionais (de várias áreas) e da criação de regulamentações robustas, tanto nacionais quanto internacionais.

Com relação ao “futuro da IA na medicina”, seu uso promete se expandir, exponencialmente, nos próximos anos, devido aos avanços contínuos em aprendizado profundo (deep learning), computação quântica, soluções/sistemas para uso na Medicina a distância e integração/conexão de dispositivos médicos, tudo isso, cada vez mais, “dependente” de IA.

Desde a criação de assistentes de saúde virtuais até a realização de cirurgias assistidas por robôs (com IA), o futuro aponta (pensando com otimismo) para um cenário onde a “colaboração entre humanos e máquinas”, será a base de um cuidado mais eficiente e acessível, aos pacientes.

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