É possível encontrar motivos pra comemorar, mesmo após uma eliminação surpreendente e dolorida? É possível sim, principalmente quando na caminhada muitos degraus foram superados. É o caso do Treze. Antes do presidente Bolinha o Treze era um clube sem horizontes. Desde a chegada dele, em dois anos o Treze mudou de patamar.

Para estruturar um clube, com vícios enraizados ao longo de décadas, leva tempo. Mas em pouco tempo o Treze deu saltos importantes. Só pra citar alguns exemplos de setores que mudaram da água pro vinho: o departamento de futebol profissional, a equipe de salte, as ações de marketing, o futebol de base, o canal TV Galo, a loja de produtos do clube e o setor jurídico.

Destacamos também o novo formato na venda de ingressos – reduzindo a ação dos cambistas, a venda de produtos no estádio – gerando receita pro clube; a aquisição de terreno para construção do CT, a alteração dos estatutos, o saneamento de despesas com fornecedores, a folha salarial e encargos em dia, além da importantíssima conquista da recuperação judicial.

É muita coisa conquistada em pouco tempo de gestão, e com o orçamento do clube aquém do mínimo necessário.

O desejado acesso à Série C está próximo, desde que o clube siga trilhando esse caminho. Só não aconteceu já este ano por razões que a própria razão desconhece. Time pra conseguir tinha. Apoio de uma torcida gigante teve, mas numa competição com três mata-mata, no final nem sempre ganha a melhor equipe. Qualquer falha na estratégia tática pode ser fatal. Mas vida que segue porque a autoestima do alvinegro foi recuperada, ou seja, o principal suporte do clube – o seu torcedor, está de volta.