O Maior São João do Mundo, a maior festa popular de Campina Grande que se realiza há 40 anos sob essa denominação, neste ano superou todas as expectativas. Ela teve um índice de autossuperação inigualável jamais visto em todo esse tempo de festejos. Sem dúvida nenhuma, a expansão do Parque do Povo contribuiu muito para isso. A sua ligação com o Parque Evaldo Cruz fez enorme diferença.

Somam-se a ele sua reorganização, com a transferência dos restaurantes para a parte de cima e com a apresentação dos shows para a parte de baixo. As representações cenográficas dos pontos históricos de Campina Grande que resgatam a memória da cidade e as diversas ilhas de forró mais bem redistribuídas.

A decoração com bandeirolas, protótipos de fogueiras e balões, enchendo os olhos de um colorido verdadeiramente junino. As comidas típicas de milho, pipoca, canjica, pamonha, milho verde cozinhado e assado, com as caipirinhas e as batidinhas de mel e limão, os tira-gostos de bode e de codorna, esquentando os transeuntes mesmo sob as gotas d’água caindo como chuvas. Capas e guarda-chuvas à vontade nas mãos de vendedores ambulantes.

A pirâmide do Parque do Povo recebendo as quadrilhas juninas, que a cada ano se sofisticam trazendo mais beleza na indumentária e qualidade na dança, bem como o casamento civil coletivo, que unindo matrimonialmente uma centena de casais, resplandecendo sob o formato de típico casamento caipira.

A quantidade de usuários do Parque do Povo extrapolou os limites da área, registrado por algumas vezes pelas invasões do espaço após o fechamento de suas entradas. Sua capacidade prevista para cerca de setenta e cinco mil pessoas tornou-se insuficiente para bem acomodar tanta gente.

Ônibus e ônibus diariamente despejando forrozeiros para tomarem conta do Parque. Pessoas de todas as idades para lá se deslocando e ocupando os bares, as barracas, os restaurantes, as ilhas de forró e ainda se aglomerando para assistir aos shows, plantadas como coqueiros ante o grande palco, sem condições de se locomoverem ou mesmo se balançarem sob o ritmo das canções cantadas pelos artistas consagrados. Muitos não tiveram a sorte de assistirem alguns espetáculos em face da ocupação total do espaço.

A parceria público-privada trouxe mais uma vez melhor eficiência e eficácia para a festa. Melhor gerenciamento, serviços permanentes de manutenção e recuperação, melhoramentos da qualidade do evento, mais benefícios para os locais e turistas, bela celebração da cultura e da tradição nordestina.

Ao lado da festa no Parque do Povo, a festa no Sítio São João, equipado com todos os elementos de uma verdadeira vila nordestina implantada numa região rural. O forró levantando a poeira espalhado por outros pontos da cidade. O Salão de Artesanato também fazendo a festa com milhares de produtos artesanais dos artesãos paraibanos. E mesmo respeitando as vedações legais, no coração o fogo da saudade do crepitar das fogueiras de São João, das subidas eletrizantes dos balões coloridos e dos estridentes pipocos dos fogos de artifício.

Nosso São João nos inspira a valorizar e a celebrar nossas raízes culturais. Nosso São João nos inspira a cultuar nossa religiosidade. Nosso São João nos inspira a fé, a tradição e a cultura. Por isto, Nosso São João que tem o seu Dia no dia do seu nascimento, a gente o celebra com oração e com festa. E para isto, o que não falta é animação.

Campina Grande já se destaca por esta festa, este ano efetivamente reconsolidada pelas melhorias do Parque do Povo trazidas pelo Prefeito Bruno Cunha Lima. Basta o trânsito incomum nas ruas da cidade para testemunhar esta realidade. Assim, a Festa Campinense de São João precisa ser renomeada a partir de agora para O Maior e Melhor São João do Mundo.