Refluxo gastroesofágico: médico esclarece sintomas, causas e cuidados

No quadro Consultório JM, o médico Antônio Henriques abordou na última coluna do ano de 2025 a doença do refluxo gastroesofágico, explicando que nem todo refluxo é doença, já que existe o refluxo fisiológico, comum principalmente em bebês, e o refluxo patológico, que compromete a qualidade de vida de crianças e adultos e é uma das principais causas de consulta com gastroenterologistas.

Segundo o médico, o refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago e pode se manifestar com sintomas como queimação no peito, regurgitação, tosse crônica, pigarro, dor torácica, vômitos, dificuldade de ganho de peso em crianças e até pneumonia aspirativa, ressaltando que a avaliação médica é fundamental para diferenciar o refluxo de outras condições, como a pirose funcional.

Antônio destacou que fatores como sobrepeso, obesidade, alimentação inadequada, consumo de cafeína, alimentos gordurosos, álcool, refrigerantes e cigarro estão entre os principais agravantes, além de hábitos como deitar logo após as refeições, ingerir líquidos durante a alimentação e mastigar mal os alimentos.

O tratamento, segundo ele, é baseado principalmente em mudanças comportamentais, como perda de peso, fracionamento da dieta, identificação de alimentos que desencadeiam os sintomas, evitar deitar por até três horas após comer e elevar a cabeceira da cama, sendo que alguns pacientes necessitam de medicação para reduzir a acidez gástrica e, em casos específicos, cirurgia.

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O médico explicou ainda que os medicamentos atuais, como os inibidores da bomba de prótons, a exemplo do omeprazol e do pantoprazol, são seguros, eficazes e revolucionaram o tratamento das doenças relacionadas à acidez do estômago, reduzindo significativamente casos de úlcera, e compartilhou sua própria experiência convivendo há mais de 20 anos com a doença de forma controlada.

Antônio reforçou que qualquer ajuste de medicação ou indicação cirúrgica deve ser feito exclusivamente por um médico, concluindo que, apesar de ser uma condição crônica, o refluxo pode ser bem controlado, permitindo uma vida com mais conforto e qualidade.

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