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Saúde e Bem-estar
Foto: Pixabay/ilustrativa
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No quadro Consultório JM do Jornal da Manhã, o médico Antônio Henriques esclareceu um dos mitos mais difundidos entre os brasileiros: grande parte dos casos de tontura não tem relação com labirintite. Segundo o especialista, o termo costuma ser usado como diagnóstico automático, embora a labirintite verdadeira seja rara e geralmente associada a infecções como meningite ou otite.
Durante a participação, o médico destacou que o equilíbrio do corpo depende do funcionamento do labirinto, estrutura localizada no ouvido interno e responsável por identificar movimentos. Ele explicou que, dentro desse órgão, há um líquido com microcristais que se deslocam conforme a movimentação da cabeça, enviando informações ao cérebro. Quando esse sistema sofre alguma alteração, surgem sintomas como tontura, instabilidade e vertigem.
Antônio Henriques detalhou quatro condições consideradas as causas mais frequentes desse tipo de sintoma. A primeira é a vertigem posicional paroxística benigna, a VPPB, provocada pelo deslocamento dos pequenos cristais do labirinto. O médico afirmou que o tratamento não exige medicamentos e consiste em manobras específicas realizadas por otorrinolaringologistas ou neurologistas para reposicionar os cristais.
A segunda causa é a tontura postural perceptual persistente, também chamada de tontura perceptual ou vertigem fóbica. Segundo o especialista, ela ocorre principalmente em adultos jovens e provoca sensação de cabeça pesada, insegurança ao andar e desconforto em ambientes com excesso de estímulos visuais, como shoppings e supermercados. Há relação direta com ansiedade, que pode agravar o quadro.
Outra condição citada foi a neurite vestibular, uma inflamação do nervo responsável por transmitir ao cérebro as informações do labirinto. Os sintomas surgem de forma abrupta e intensa, com vertigem prolongada, náuseas e dificuldade de equilíbrio. Por causa da gravidade das manifestações, muitos pacientes chegam a procurar atendimento hospitalar, e o quadro pode ser confundido com um AVC.
A doença de Meniere também foi mencionada. Ela ocorre quando há aumento da pressão do líquido dentro do ouvido interno, provocando crises de vertigem superiores a vinte minutos, acompanhadas de zumbido, sensação de ouvido entupido e perda auditiva temporária. O médico ressaltou que as crises podem ser debilitantes e exigem acompanhamento contínuo.
Henriques alertou ainda para o impacto de substâncias estimulantes sobre esses quadros. O consumo de café, refrigerantes com cafeína e chocolate pode intensificar sintomas, aumentando a sensibilidade do sistema vestibular. Pacientes com histórico de tonturas devem evitar esses produtos até avaliação médica.
O especialista reforçou que a automedicação é um risco e que o diagnóstico correto depende de consulta com neurologista ou otorrinolaringologista. Ele destacou que a tontura, embora comum, merece atenção, especialmente quando interfere na rotina ou surge de maneira repentina.

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