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Saúde e Bem-estar
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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A equipe da Rádio Caturité FM conversou com a médica endocrinologista Ana Abrantes, que trouxe uma série de esclarecimentos importantes sobre o diabetes — doença crônico-degenerativa que afeta milhões de brasileiros e pode causar graves complicações quando não é tratada ou controlada adequadamente.
Segundo a especialista, o diabetes tipo 1 costuma surgir ainda na infância ou adolescência, por um processo autoimune, no qual o pâncreas deixa de produzir insulina.
“Esse paciente vai depender da reposição de insulina durante toda a vida, podendo usar de uma a quatro aplicações diárias ou até a bomba de insulina”, explicou.
Já o diabetes tipo 2, mais comum em adultos jovens e pessoas maduras, está ligado à resistência à insulina, frequentemente associada à obesidade, hipertensão e sedentarismo. É a forma mais prevalente e aquela que mais gera complicações.
“Quando não tratada ou mal controlada, a doença pode causar desde alterações na visão, levando até à cegueira, até infartos silenciosos, perda de força muscular e outras consequências graves”, alertou Ana Abrantes.
A endocrinologista destacou que o diabetes é uma doença com forte componente hereditário e genético, mas que fatores como má alimentação, sedentarismo, uso contínuo de corticoides e doenças autoimunes aumentam o risco. Há vários subtipos da doença — inclusive o diabetes gestacional — e todos exigem atenção constante.
Tratamento: diferenças entre os tipos
Ana Abrantes explica que:
Diabetes tipo 1 → necessita de insulina desde o diagnóstico e por toda a vida.
Diabetes tipo 2 → inicia com mudança no estilo de vida, depois evolui para uso de 1 a 4 medicamentos orais; em alguns casos, o paciente passa a precisar também de insulina.
Mesmo com o uso de canetas de insulina, a médica reforça que nenhum tratamento dispensa dieta equilibrada e prática de atividade física.
Cuidados diários: prevenção e controle
Para quem tem pré-diabetes, há chance de remissão — desde que o paciente adote hábitos saudáveis. Já diagnosticados com diabetes devem seguir rigorosamente:
alimentação adequada, evitando processados, fast foods e frutas de alto índice glicêmico;
prática regular de exercícios;
uso correto dos medicamentos;
consultas semestrais ao endocrinologista (ou em intervalos menores, conforme o caso).
A médica também alerta para cuidados muitas vezes negligenciados:
“É fundamental que o profissional de saúde examine os pés do paciente, verificando ressecamento, dormência, rachaduras, micoses e até o corte das unhas”, destacou.
Além disso, visitas anuais ao oftalmologista, dentista, e — conforme o gênero — ao ginecologista ou urologista, são indispensáveis para prevenir complicações.
Conscientização e responsabilidade
Ana Abrantes reforça que o diabetes não impede que o paciente tenha uma vida normal:
“Dentro dos parâmetros, é possível viver bem. Eventualmente, algo fora da dieta pode acontecer, mas sempre com correção e responsabilidade.”
A mensagem final da especialista é clara: com cuidado, acompanhamento e disciplina, o diabetes pode ser controlado — e suas complicações, evitadas.
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