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Saúde e Bem-estar
Foto: Freepik
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O dia 10 de novembro marca a conscientização sobre o HTLV, vírus linfotrópico da célula T humana. Ele ganhou notoriedade após ser incluído no pré-natal devido ao risco de ser transmitido de mãe para filho durante a amamentação ou, raramente, o parto. Além disso, causa doenças silenciosas.
Porém, ainda há muitas dúvidas sobre como esse vírus se comporta, assim como os sintomas e a forma de tratamento. O virologista e professor do curso de Biomedicina da UNINASSAU Recife, campus Graças, Heytor Neco, explica detalhes relacionados à enfermidade.
“O HTLV foi descoberto na década de 1980 e infecta células imunológicas T do corpo humano, que ajudam a coordenar a resposta imune, identificando e combatendo patógenos invasores e células infectadas. Ele pode ser transmitido pela amamentação ou por meio do contato sexual sem a devida proteção, do compartilhamento de seringas e agulhas e em transfusões sanguíneas”.
“No Brasil, desde 1993, é realizada a triagem para HTLV nos bancos de sangue. Mas, desde 2024, o Ministério da Saúde passou a recomendar para as gestantes, sendo uma forma de analisar se elas têm o vírus e reduzir o risco de transmitir ao bebê”, destaca.
As doenças causadas pelo vírus são, muitas vezes, silenciosas, mas debilitantes e até letais. “Ele foi o primeiro vírus a se descobrir câncer em humanos, que é a leucemia de Células T do Adulto (ATL). Além disso, pode causar uma doença neurológica (HAM/TSP). Ela afeta a medula, comprometendo a mobilidade da pessoa e, às vezes, até deixando na cadeira de rodas”, afirma Heytor.
Segundo o especialista, os sintomas podem aparecer das mais variadas formas, dependendo da condição, como fraqueza muscular, dormência, formigamento nas pernas e problemas urinários. Também há artrite e inflamação nos olhos e pode afetar a pele, caso da dermatite infecciosa, que provoca lesões e leva à descamação ou coceira”.
“Apesar dos sinais, a maioria das pessoas que vivem com o vírus não apresenta sintomas graves. Ainda assim, é necessário tomar os cuidados necessários para evitar a infecção. Por isso, é importante usar preservativos e não compartilhar agulhas, seringas ou materiais cortantes. No caso das gestantes, é essencial fazer a testagem para HTLV. Se o resultado for positivo, a mulher será acompanhada e terá a recomendação de não amamentar seu bebê. Nesse caso, receberá fórmulas infantis – leite artificial – para o bebê”, finaliza.
Da iniciação científica e discussão
Pensando na melhora da qualidade de vida dessas pessoas, alunos dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem e Biomedicina da UNINASSAU Recife, campus Graças, desenvolvem o aplicativo HTLV Brasil. Ele permite que indivíduos com o vírus e profissionais da saúde aprendam mais sobre a enfermidade.
Na Instituição de Ensino Superior, também há o podcast “HTL… o quê?”. Ele é comandado pelo professor Heytor Neco e conta com a presença de especialistas na área.
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