Fechar
O que você procura?
Saúde e Bem-estar
Foto: ParaibaOnline
Continua depois da publicidade
Continue lendo
O médico urologista André Brasileiro fez um alerta sobre a atual situação dos cursos de medicina no Brasil e a forma como a profissão tem sido encarada pelas novas gerações.
Em entrevista ao jornal da manhã, da Rádio Caturité FM, ele falou sobre a expansão desordenada das faculdades, a falta de estrutura para formação prática e a falsa ideia de glamour associada à carreira médica.
“Eu sou de uma geração, eu só tenho 54 anos, eu me formei numa época que só havia dois cursos de medicina na Paraíba: a Federal de João Pessoa e a Federal de Campina Grande, oferecendo 64 vagas por ano cada um, 128 por ano”, afirmou.
O médico destacou que, atualmente, há um número excessivo de cursos de medicina no estado, muitos deles sem condições adequadas para oferecer uma formação de qualidade.
“Hoje, eu não sei nem quantos cursos há em Campina Grande, quantos cursos há na Paraíba. Universidades que não têm sequer hospital para fazer a sua prática, universidades que precarizam o ensino com uma equipe de professores aquém do desejado”, criticou.
Para André Brasileiro, além da precarização do ensino, há um problema crescente de glamourização da profissão, impulsionado pelas redes sociais e pela busca por retorno financeiro imediato.
“O pior ainda: eu acho que quando essa turma se forma, existe uma falsa ideia de que medicina é glamour, é riqueza. É luxo. E aí eles se prendem no que veem no Instagram, e a turma nova que se forma quer fazer o que dá dinheiro”, pontuou.
Ele defendeu que a medicina deve continuar sendo uma profissão baseada na dedicação ao paciente e à ciência, e não em interesses financeiros.“Fazer medicina de verdade é se dedicar à ciência, é se dedicar ao paciente. O dinheiro não pode vir na frente, não. Então é isso que faz a qualidade da assistência ser tão ruim”, concluiu o médico.
© 2003 - 2025 - ParaibaOnline - Rainha Publicidade e Propaganda Ltda - Todos os direitos reservados.