Médico alerta sobre os riscos da intoxicação por metanol

Em sua coluna semanal “Consultório JM”, no Jornal da Manhã da Rádio Caturité FM, o médico Antônio Henriques alertou a população para os riscos da intoxicação por metanol, após o aumento de casos registrados no país.

Em participação direta de São Paulo, onde cumpre agenda no Conselho Federal de Medicina, o profissional explicou de forma didática como a substância age no organismo e os principais sintomas de contaminação.

“Os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas chegaram a 60 entre suspeitos e confirmados. O metanol é um álcool, assim como o etanol presente nas bebidas comuns, mas é extremamente tóxico para o organismo. Ele é metabolizado no fígado e se transforma em substâncias que o corpo não consegue eliminar rapidamente, provocando danos graves, especialmente no nervo óptico”, destacou.

Henriques explicou que o acúmulo do ácido fórmico, gerado no processo de metabolização, interrompe a produção de energia nas células e pode causar cegueira permanente.

“Em um primeiro momento, os sintomas podem parecer os de uma ressaca comum, mas são mais intensos e desproporcionais à quantidade de bebida ingerida. Dores abdominais, dor de cabeça, visão turva, confusão mental e dificuldade para respirar podem surgir entre oito e vinte e quatro horas após o consumo”, alertou.

O médico reforçou ainda a importância de buscar atendimento imediato em caso de suspeita. “Quanto mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação. Até o momento, os casos envolvem bebidas destiladas como gin, vodka e whisky. O ideal é evitar o consumo até que a situação esteja controlada, já que não é possível identificar a presença de metanol a olho nu”, recomendou.

Antônio Henriques encerrou sua participação reforçando o alerta à população: “Todo cuidado é pouco. A intoxicação por metanol é grave e pode ser fatal. Fiquem atentos à procedência das bebidas e, em caso de dúvida, não consumam.”

Foto: ParaibaOnline