Saúde e Bem-estar

Agevisa/PB orienta municípios sobre fiscalização de bebidas suspeitas de adulteração

Da Redação com Secom/PB
Publicado em 4 de outubro de 2025 às 19:48

apreensao de bebidas sem rotulos

Foto: João Valério/Governo do Estado de SP

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A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB) encaminhou às Vigilâncias Sanitárias dos municípios paraibanos alerta quanto à necessidade de avaliação da regularidade das bebidas disponíveis nos estabelecimentos comerciais durante as ações regulares de inspeção/fiscalização. Segundo o diretor Geraldo Moreira de Menezes, a orientação, de caráter nacional e iniciativa da Anvisa, é de que todos os inspetores e fiscais sanitários estejam atentos a sinais que possam indicar a existência de bebidas irregulares, com origem desconhecida ou com indícios de falsificação/adulteração, no comércio atacadista e varejista de todo o Estado. As ações devem incluir casas de shows, bares, restaurantes, quiosques, festas populares e outros eventos similares onde haja consumo de bebidas alcoólicas.

O diretor-geral da Agevisa/PB lembrou que bebidas adicionadas com metanol causam intoxicações graves e podem levar à morte. “O metanol é uma substância usada em solventes e produtos de limpeza, e nunca deve ser ingerido. Portanto, além do trabalho dos órgãos do setor público no enfrentamento desse problema, as pessoas também podem ajudar a proteger a sua saúde mediante a adoção de medidas de precaução como: manter-se atenta aos produtos que consomem; evitar consumir bebidas em lugares não confiáveis e em caso de perceber que o lacre esteja violado; verificar os rótulos e as embalagens das bebidas; exigindo comprovante fiscal que ateste a idoneidade do produto, e, de forma bem especial, desconfiar de preços muito baixos, normalmente associados a produtos de procedência duvidosa”, explicou.

Geraldo Moreira disse que as pessoas também devem ficar muito atentas para poder identificar sintomas relacionados à intoxicação por metanol. Segundo ele, em até seis horas da ingestão de uma bebida contaminada por metanol, a vítima pode apresentar reações orgânicas como sonolência, tontura, náuseas e vômitos, além de confusão mental e taquicardia. E no período seguinte, entre 6 e 24 horas da ingestão, os sintomas podem evoluir para quadros de visão turva, convulsões e sensibilidade à luz. “Se qualquer pessoa apresentar um ou mais desses sintomas, ela deve procurar atendimento médico imediato nos hospitais de urgência e emergência ou em qualquer outra unidade de saúde mais próxima”, ressaltou.

Notificações e denúncias
Em casos suspeitos de intoxicação, o diretor da Agevisa disse que os profissionais de saúde devem notificá-los imediatamente às Secretarias de Saúde do município notificante. Em nível estadual, ele informou que notificações devem ser feitas junto ao Centro de Inteligência Estratégica Estadual em Saúde da Paraíba (Cievs/PB) por meio dos seguintes números de contato: (83) 9.9146-6771 (segunda a sexta-feira, das 08 às 16h30) e (83) 98828-2522 (nos finais de semana e feriados).

A população também pode denunciar a existência de bebidas suspeitas por meio do endereço agevisa.pb.gov.br/servicos/ouvidoria ou pelo telefone (83) 9.8814-7935, da Ouvidoria da Agevisa. Além disso, pode, ainda, acionar as autoridades policiais, considerando que a adulteração de bebidas, como de qualquer outro produto destinado ao consumo humano, pode configurar crime contra a saúde pública, passível de pena de reclusão e multa, tanto na esfera civil quanto penal”.

Força tarefa
Como ocorre em todos os casos de ameaça iminente à saúde pública, o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB), está organizando uma Força Tarefa para executar ações de caráter preventivo e também de enfrentamento da ameaça de intoxicação por ingestão de metanol.

Para esta segunda-feira (6), está prevista uma reunião na sede da SES/PB com a participação de representantes da Agevisa/PB, das Visas municipais, da Polícia Civil, do Instituto de Polícia Científica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Procon/PB e da Rede de Urgência e Emergência da Paraíba, que é coordenada pela SES/PB. O objetivo central do encontro é discutir estratégias e definir o papel de cada órgão participante no tocante ao que fazer e como fazer no enfrentamento do problema relacionado ao metanol.

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