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Saúde e Bem-estar
Foto: ParaibaOnline/Arquivo
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A coordenadora de Saúde Mental de Campina Grande, a psicóloga Lívia Sales, fez um alerta durante as ações do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio: transformar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em motivo de piada ou meme é um grave desrespeito às pessoas que enfrentam sofrimento psíquico.
“Memes, brincadeiras, qualquer coisa parecida com os CAPS é um desserviço à sociedade. Especialmente com os adolescentes, que já têm grande dificuldade em aderir ao tratamento. Muitos relatam vergonha de buscar ajuda porque têm medo de virar meme. Isso aumenta a resistência, o preconceito e a estigmatização”, destacou.
Lívia reforça que os CAPS são espaços de acolhimento e cuidado. Em Campina Grande, a rede de saúde mental é uma das mais estruturadas do Brasil, com nove serviços especializados, incluindo atendimento a crianças, adolescentes, pessoas com dependência de álcool e drogas, além de transtornos mentais severos.
“Nós somos a maior rede CAPS por habitante do país. É motivo de orgulho, mas também de responsabilidade. Temos serviços que oferecem oficinas terapêuticas, atendimento médico, psicológico e atividades de reabilitação psicossocial. É um trabalho feito junto às famílias e à comunidade, sempre visando autonomia e qualidade de vida”, explicou.
Sobre quando procurar ajuda, a psicóloga pontua que nem todo momento de tristeza significa adoecimento mental, mas existem sinais de alerta que não podem ser ignorados.
“Todos nós temos dias difíceis, mas quando há uma mudança brusca de comportamento, quando a tristeza se prolonga, quando há isolamento ou perda de interesse nas atividades do dia a dia, é hora de buscar ajuda. O primeiro passo pode ser a Unidade Básica de Saúde ou diretamente os serviços especializados, como os CAPS e a emergência psiquiátrica”, orientou.
No mês de valorização da vida, Lívia Sales reforça a importância de quebrar estigmas e enxergar a saúde mental com seriedade:
“CAPS é coisa séria, é lugar de tratamento, de vida, de cuidado com o emocional e o psíquico. Brincadeiras que ridicularizam esse espaço não ajudam, só afastam quem mais precisa”, concluiu.
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