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Saúde e Bem-estar
Foto: Secom/PB
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Em entrevista à Caturité FM, o médico cirurgião geral Arthur Balduíno compartilhou reflexões sobre os desafios e as responsabilidades que envolvem a prática da cirurgia, destacando desde o momento inicial de contato com o paciente até o acompanhamento no pós-operatório.
Segundo ele, o maior desafio para quem atua na área é manter a calma em situações de pressão.
“O principal desafio para o cirurgião, eu creio que é se treinar para manter esse calmo. Quando você faz várias coisas repetidas vezes, obviamente você torna-se melhor naquilo. Mas sempre existe a possibilidade do imprevisto. E a gente não tem a oportunidade de dizer, opa, vamos parar aqui um pouquinho e ver outro caminho, vou estudar e revisitar esse caso amanhã. Isso não existe quando você está com alguém literalmente aberto à sua frente. Então é necessário que você desenvolva a calma para tomar decisões importantes de maneira rápida, segura e assertiva. Esse me parece o principal desafio”, explicou.
O médico ressaltou ainda que o trabalho do cirurgião não termina no centro cirúrgico. Para ele, o cuidado com o paciente após a cirurgia pode ser até mais complexo.
“Quando a gente termina o procedimento cirúrgico, vem o próximo desafio, que talvez seja até mais difícil do que operar. Que é fazer o pós-operatório e cuidar desse paciente nos dias, às vezes semanas. E, às vezes, até por uma vida toda, depois do procedimento”, acrescentou.
Apesar das dificuldades, Arthur Balduíno destacou o que considera a maior recompensa da profissão.
“O presente de médico é paciente bem. O que deixa a gente mais feliz, mais tranquilo é quando está tudo certo e a gente consegue devolver uma pessoa melhorada, curada para a sua família. Isso aí não tem preço”, afirmou.
Ele também explicou como se dá o processo de avaliação antes da cirurgia, reforçando a importância do diálogo e da clareza com o paciente.
“O primeiro contato de todo médico com o paciente ele se dá da mesma forma, né? Ele se dá através de ouvir e de tocar. Esse processo de ouvir, que é quando a gente entende a queixa dos pacientes, a gente chama de anamnese, e o ato de tocar é o exame físico. A partir do momento que a gente junta esses dois, a gente consegue ter o diagnóstico e, com o diagnóstico, propor o tratamento. Quando se fala de cirurgia, é preciso lembrar que ela não é um passeio no parque. Por mais comum ou entre aspas simples que seja, ela envolve angústia, dor, cortes e riscos. Por isso precisamos sempre ser muito claros com o paciente”, explicou.
O cirurgião reforçou que a primeira consulta tem justamente esse papel: orientar o paciente, solicitar os exames necessários e preparar o caminho até o momento da cirurgia.
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