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*Vídeo: ParaibaOnline
O psicólogo Caio Machado fez um forte apelo à sociedade para que o tema do suicídio seja tratado com mais seriedade e visibilidade, especialmente com a chegada do Setembro Amarelo – mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o tema.
Durante entrevista à Rádio Caturité FM, ele lamentou o silêncio que ainda impera sobre o assunto, inclusive na imprensa e nas redes sociais.
“O suicídio é visto hoje pela sociedade como um grande vilão, e as pessoas não falam sobre isso. Cancelam vídeos, evitam o debate, mas as estatísticas mostram que, se falarmos, podemos salvar nove em cada dez pessoas que tentam tirar a própria vida. Isso é muito sério”, frisou.
Caio critica o que chama de “lógica comercial da mídia”, em que pautas que não geram engajamento ou lucro são deixadas de lado. Para ele, isso impede que temas urgentes ganhem o espaço que merecem.
“Estamos falando da segunda maior causa de mortes no mundo. Precisamos ocupar rádios, redes sociais, escolas. Nossas crianças, adolescentes, adultos e idosos estão morrendo. É uma urgência coletiva”, alertou.
O psicólogo também defendeu a criação de cotas e políticas públicas específicas para pessoas neurodivergentes, como indivíduos com TDAH e dislexia. Segundo ele, há avanços em setores da sociedade, como a população LGBTQIA+, que conquistou direitos após muita luta, mas é preciso ampliar essa visibilidade para outros grupos igualmente vulneráveis.
“Temos cotas para trans e travestis, e isso é um avanço. Mas pessoas com transtornos neurobiológicos, que também enfrentam dificuldades e preconceitos, ainda não têm acesso a reparações históricas. O autista, o disléxico, muitas vezes não consegue nem reivindicar seus direitos. Eles precisam que sejamos a voz deles”, afirmou.
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