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Foto: ParaibaOnline/Arquivo
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A psicóloga Josiplessis Marques comentou, em participação no Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM, a crescente popularidade dos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que se assemelham a recém-nascidos — e levantou um debate importante sobre saúde emocional e vínculos afetivos.
Segundo a especialista, o fenômeno tem ganhado notoriedade, mas ainda é incerto se isso ocorre por razões estéticas, ligadas à exposição em redes sociais, ou por sinais de desregulação emocional.
“Fica uma questão para se pensar: é preciso tratar como transtorno quando se tenta substituir a maternidade real, a criação de vínculos afetivos com um ser humano, por algo que não devolve isso de forma genuína”, afirma Josiplessis.
A psicóloga ressalta que o vínculo materno envolve amor, entrega, preocupação, investimento de tempo e formação de caráter — elementos que não podem ser transferidos a um objeto, por mais realista que pareça. “Talvez seja medo de formar um laço para a vida toda. Isso pode entrar no campo da disfunção emocional”, acrescenta.
Para ela, o comportamento pode refletir um sintoma de uma sociedade cada vez mais individualista e com dificuldades de se doar ao outro. “Nenhum tipo de dependência emocional é saudável. O natural é querer amar e ser amado.”
A fala da profissional lança luz sobre a importância de compreender o emocional por trás de tendências que, à primeira vista, podem parecer inofensivas, mas podem esconder dores e carências mais profundas.
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