Saúde e Bem-estar

Você come muito rápido? Talvez seja hora de desacelerar

Da Redação*
Publicado em 18 de maio de 2025 às 15:41

pratos típicos

Foto: Carol Bezerra/Repórter Junino

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Saco vazio não para em pé, mas é importante manter a calma.

Os especialistas tendem a focar nos tipos de alimentos que você deve consumir para melhorar sua saúde. Mas a velocidade com que você devora seu jantar também importa.

Comer muito rápido traz riscos, como engasgos, ou a possibilidade de comer demais antes que o cérebro avise para parar. (Engolir sua comida também pode irritar seus companheiros mais lentos de mesa, ou a pessoa que se empenhou em preparar sua refeição.)
Aqui estão algumas dicas de cientistas para desacelerar e adotar uma abordagem mais consciente em relação ao consumo da sua dieta .

O que é considerado rápido demais?

Se você é o tipo de pessoa que consegue tomar café da manhã, almoçar ou jantar em menos de 20 ou 30 minutos, está comendo rápido demais.

“Leva cerca de 20 minutos para o estômago comunicar ao cérebro, por meio de uma série de sinais hormonais, que está cheio”, explica Leslie Heinberg, do Centro de Saúde Comportamental da Clínica Cleveland. “Então, quando as pessoas comem rapidamente, elas podem perder esses sinais, e é muito fácil comer para além do ponto de saciedade.”

Por que isso é um problema?

Pessoas que comem rápido tendem a engolir mais ar, diz Heinberg, o que pode causar inchaço ou indigestão. Não mastigar os alimentos corretamente também pode comprometer a digestão, o que significa que você não obterá todos os nutrientes dos alimentos. Pedaços de comida não mastigados também podem ficar presos no esôfago.

Alguns estudos anteriores indicam que pessoas que comem rápido podem ter maior risco de obesidade, enquanto aqueles que comem mais devagar têm menor probabilidade de se tornarem obesos.

Como comer mais devagar?

Para começar, desligue a TV e guarde o celular.

“Enquanto assistem TV, as pessoas tendem a comer até que passe um comercial ou o programa acabe”, diz Heinberg, acrescentando que as pessoas ficam menos atentas aos sinais do próprio corpo de que estão satisfeitas. “Quando fazemos coisas enquanto comemos, comemos com menos atenção. E isso muitas vezes nos faz comer mais.”

Segundo Heinberg, quando as pessoas se concentram exclusivamente em comer, elas tendem a aproveitar mais a refeição e comer menos

Heinberg também reconheceu que o ritmo em que você come costuma ser um hábito arraigado, mas considera que a mudança ainda é possível. Ela dá sugestões como usar a mão não dominante para comer, experimentar utensílios que você normalmente não usa, como palitinhos (hashi), ou fazer uma pausa deliberada para beber água quando o prato estiver parcialmente vazio.

Se você leva uma vida agitada, pode ser inevitável almoçar durante uma reunião de trabalho ou fazer um lanche enquanto executa outras tarefas. Mas Sarah Berry, cientista-chefe da empresa nutricional britânica ZOE, sugere que, quando possível, “esteja atento ao sabor e à textura da comida”.

“Se não estivermos totalmente presentes, é muito fácil comer mais rápido e não perceber o quanto consumimos”, diz Berry.

Obedeça à sua mãe: mastigue bem a comida

Uma das coisas mais simples a fazer é aumentar o número de mordidas que você dá, segundo Helen McCarthy, psicóloga clínica da Sociedade Britânica de Psicologia.

“Se você mastigar cada bocado um pouco mais, isso vai desacelerar sua alimentação”, explica.

O tipo de alimento que você come também pode fazer a diferença, ressaltando que é muito mais fácil comer ultraprocessados ou fast food de forma acelerada, porque eles normalmente têm uma textura mais macia.

“É difícil comer vegetais e proteínas na mesma proporção que algo altamente processado e que exige menos mastigação”, observa McCarthy.

Alguns de seus pacientes também relataram um efeito colateral não intencional quando começaram a comer mais devagar, e ela menciona uma mulher que costumava comer um pacote de batatas fritas todas as noites.

Quando McCarthy disse a ela para ir mais devagar e comer cada batata individualmente, sua paciente relatou que “era como ficar com a boca cheia de produtos químicos pegajosos”.

“Ela deixou de achar (as batatas) agradáveis”, conta McCarthy.

Por Maria Cheng, Associated Press (conteudo estado)

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