A busca pelo emagrecimento rápido tem levado muitas pessoas a recorrerem a injetáveis para perda de peso. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos pode trazer consequências sérias para a saúde.

Esse foi o alerta feito pela nutricionista Ana Paula Moreira em seu quadro Saúde e Nutrição, na rádio Caturité FM.

Ana Paula destacou que, apesar de serem uma ferramenta válida no tratamento da obesidade – que é uma doença crônica –, o uso dos injetáveis deve ser feito com acompanhamento médico e nutricional. “Se você tem o direito de tomar um remédio para hipertensão ou diabetes, por que não para obesidade? Mas esse tratamento tem que ser acompanhado por um médico especialista em emagrecimento”, afirmou.

Ela ressaltou que muitas pessoas estão utilizando os medicamentos de forma inadequada, sem ajustes de dose e sem reeducação alimentar, o que pode levar ao chamado efeito rebote – quando o paciente volta a ganhar peso, muitas vezes até mais do que perdeu.

“Nosso corpo não é estruturado para perder 10 quilos em um mês. Consequentemente, se você perde massa magra, seu metabolismo fica mais lento. E o que estamos vendo? Pessoas que perderam 10 quilos engordando 15”, alertou a nutricionista.

Outro problema mencionado por Ana Paula é o descuido com a nutrição durante o uso dos injetáveis. A falta de uma alimentação equilibrada e rica em proteínas pode levar à queda de cabelo, fraqueza, unhas quebradiças e flacidez extrema.

“As pessoas querem emagrecer, mas também querem um cabelo bonito, uma pele saudável. E quando emagrecem muito rápido, sem acompanhamento, acabam perdendo massa magra e tendo esses problemas estéticos”, explicou.

Foto: ParaibaOnline

A nutricionista reforçou que a obesidade é uma condição séria e que o tratamento precisa ser feito de forma responsável.

“Não é para tomar um injetável e ficar cansado. A gente tem como suplementar, como alinhar a dieta para que o processo de emagrecimento seja saudável e sustentável”, finalizou.