Saúde e Bem-estar

Dia do Médico: Antônio Henriques fala sobre desafios da profissão: “É preciso ser humano”

Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2024 às 7:50

medico antonio henriques

Foto: ParaibaOnline

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Nesta sexta-feira, 18 de outubro, o Jornal da Manhã da Rádio Caturité FM celebrou o Dia do Médico com uma entrevista especial com o médico e colunista do programa, Dr. Antônio Henriques. Responsável pela coluna “Consultório JM”, Henriques compartilhou sua visão sobre a profissão, refletindo sobre as mudanças e desafios que a medicina enfrentou ao longo dos anos e destacando a importância da humanização no atendimento médico.

Henriques iniciou a conversa lembrando a simbologia da data: “O dia do médico é marcado pela presença de São Lucas, padroeiro da profissão. Pedimos proteção divina, luz a Deus, a Nossa Senhora e a São Lucas, para que possamos continuar conduzindo nosso trabalho com dedicação, buscando sempre melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.”

O médico destacou que, embora o avanço tecnológico tenha aprimorado o diagnóstico e os tratamentos, é fundamental que os profissionais da saúde não se esqueçam de que lidam com seres humanos. “Quando comecei meu curso, há mais de 30 anos, o ensino era muito focado na parte técnica. Hoje sabemos que não basta ser técnico, é preciso ser humano. Os cursos de medicina atualmente precisam focar também em habilidades de comunicação, liderança e empatia.”

Henriques enfatizou que, além de um diagnóstico preciso, os médicos precisam saber se comunicar com seus pacientes de maneira clara e acolhedora. “Se o paciente não entende a orientação, ele não vai seguir o tratamento corretamente. O médico precisa saber se colocar no lugar do outro, escutar e, às vezes, quando não há muito o que fazer, um simples abraço já traz conforto.”

Ao ser questionado sobre o aumento no número de médicos formados, Henriques trouxe dados atualizados sobre a realidade paraibana. “Quando me formei, há 25 anos, existiam apenas duas faculdades de medicina no estado. Hoje são dez, e o número de médicos saltou de 4.700 para 12.357. Apesar desse crescimento, ainda enfrentamos muitos desafios, como o fechamento de leitos hospitalares e a necessidade de uma maior atenção à qualidade do atendimento.”

Dr. Henriques também aproveitou a oportunidade para enviar uma mensagem aos candidatos nas eleições em andamento. “Campina Grande vive um problema com a assistência materno-infantil. É um campo que, apesar dos avanços, ainda precisa de muita atenção. Então, deixo aqui o pedido: olhem com bons olhos para a saúde das pessoas, porque a qualidade do atendimento é essencial.”

A entrevista terminou com Henriques reafirmando seu orgulho pela profissão e pela oportunidade de ajudar as pessoas. “Ser médico é gratificante. Não há nada mais recompensador do que saber que, de alguma forma, contribuímos para o bem-estar e para a vida das pessoas.”

 

 

 

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