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Entidades médicas de todo o País, entre elas, a Associação Médica Brasileira, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica divulgaram uma carta, reforçando a posição contrária ao projeto de lei que regulamenta a produção e a venda de cigarros eletrônicos.
Os alertas contra a mudança na atual legislação vêm de todos os lados. Na semana passada, médicos e especialistas presentes na sessão de debates do Senado, sobre políticas públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão, advertiram para os riscos associados aos dispositivos, populares entre os jovens, apesar de sua venda ser proibida no Brasil.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Margareth Dalcolmo, criticou o argumento de que a liberação seria benéfica para a arrecadação de impostos: “Argumentos de redução de dano e arrecadação de impostos são absolutamente contestáveis. Não é possível se arrecadar impostos sobre vidas humanas, de pessoas tão jovens como nossas crianças e adolescentes”.
A votação do projeto de lei estava prevista para esta terça-feira (20), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, mas foi adiada. A previsão é que a análise aconteça na primeira semana de setembro.
Desde 2009, todos os Dispositivos Eletrônicos para Fumar têm a venda e a distribuição proibidas pela Anvisa.
Em abril deste ano, a Agência revisou o regulamento sobre o assunto e decidiu manter a proibição.
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