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*Vídeo: ParaibaOnine
Em meio ao clima das festividades juninas, o gastrólogo campinense Júlio César Vilar trouxe uma importante reflexão durante entrevista na Rádio Caturité FM: as comidas típicas de milho são mais do que receitas — são expressões culturais que variam de acordo com a região do país.
“As nomenclaturas mudam, mas o sabor e a tradição permanecem. O que a gente chama de canjica cremosa, no Sul e Sudeste é conhecido como curau. Mas isso não tira a identidade da nossa comida. São apenas diferenças culturais, regionais, que precisam ser respeitadas”, explicou.
Júlio destacou ainda que essa diversidade não se resume à canjica: pratos como angu, xerém e mugunzá — todos derivados do milho — também têm variações no preparo e no nome, dependendo da localidade.
“É o mesmo ingrediente base, mas com técnicas diferentes. O xerém, por exemplo, tem o grão mais quebradinho, enquanto o mugunzá usa o milho mais inteiro. E tem ainda quem chame o nosso mugunzá de canjica”, brincou.
O gastrólogo também ressaltou a importância de valorizar essas tradições. “A gente vê, às vezes, discussões nas redes sociais sobre o nome certo de um prato. Mas mais importante do que o nome é o resgate dessas receitas. São sabores que contam a nossa história”, pontuou.
Ele lembrou ainda das recentes polêmicas sobre a ausência da comida de milho no Parque do Povo, em Campina Grande. Para Júlio, a presença desses alimentos é indispensável.
“É impensável celebrar o São João sem comida de milho. Isso faz parte da alma da festa. A gente precisa defender essa tradição”, afirmou.
Por fim, Júlio reforçou que é possível inovar nas receitas sem perder a essência. “Dá pra ir além da pamonha e da canjica. O milho é versátil e permite muitas criações, mas sempre com respeito à cultura que nos formou”, concluiu.
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