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No dicionário (definições de Oxford Languages), o forró é definido como “Dança – baile popular, em que se dança aos pares com música de origem nordestina; arrasta-pé”, e, ainda, “música – essa música, de gêneros variados (coco, baião, xote etc.)”. Mas a verdade é que o forró é muito mais que isso.
O forró, que tem origem nos bailes populares que eram realizados no final do século XIX, é cultura, é calor, é sentimento, é pluralidade. Mas, é comum encontrar pessoas – principalmente as que desconhecem a cultura nordestina -, que acreditam fielmente em uma sequência de passos únicos.
Com variadas designações, a expressão artística ganhou força e é considerada patrimônio cultural imaterial do país. Formado essencialmente, em sua maioria, por sanfona, triângulo e zabumba, é nesse ritmo influente que moram diversos outros gêneros, como Baião, Xote, Xaxado, Coco, Arrasta-pé, Piseiro e etc.
Na rede social Tik Tok, os usuários costumam compartilhar situações corriqueiras do dia a dia, ou até mesmo danças, inclusive o forró. Nos comentários, seguidores ou não, são juízes da qualidade do que se vê.
Em alguns casos, “nam, forró véi pôdi”, é o bordão mais comentado, a fim de expressar a desaprovação em relação à dança. É nesse momento em que se inicia uma discussão de nordestinos, com pessoas de outros lugares do Brasil, em uma tentativa – muitas vezes sem sucesso -, de explicar que o forró possui muitos gêneros. Logo, dança-se de muitas formas.
O casal de forrozeiros Danilo e Lílian, defendem que “o jeito certo é quanto mais você se sentir apaixonado pela dança. A gente é do Norte, nós somos de Manaus. Lá eles dançam com muito jogo de braço, muito cambré, muito giro… aqui não, é o gostoso ‘chamegado’. […] O importante é dançar no ritmo, e realmente você gostar do que está fazendo. Esse é o jeito certo de dançar”, finalizam, declarando que gostam de dançar ‘agarradinho’ um bom xote.
Com um sentimento semelhante e a preferência pelo mesmo gênero, Odair e Cida explicam que a “definição do forró é ‘Dança para todos’. Então, da maneira que você dançar, você vai estar certo. Não tem como dizer que tá errado. […] O mais importante é que você entre no clima e se divirta! Lá em Brasília, a gente dança muito o piseiro, que é diferente do que se dança aqui no Nordeste, mas tudo tá valendo!”
Assim, mudamos nosso questionamento inicial para: “Qual sua forma preferida de dançar forró?”
* Paloma Mahely/Repórter Junino
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