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Campina Grande é conhecida por ser o grande berço junino. A terra, que promove O Maior São João do Mundo durante todo o mês de junho e se veste em cores, tons e formatos matutos e populares da época, contudo, não restringe os festejos ao seu centro.
Isso porquê a Paraíba toda se une ao espírito e se transforma em um grande arraial.
A cidade de Areial, que fica localizada na região da Rainha da Borborema, por exemplo, anualmente promove a tradicional Festa de Santo Antônio, que atrai grande público de turistas, moradores e amantes de forró.
Na edição 2024 do festejo, o convite à imersão cultural através da História do Nordeste foi um marco.
Seja no palco principal, com apresentações de artistas regionais renomados como Zé Vaqueiro, Eliane, Japãozin, ou no palco da “Vila Ariús” – cidade cinematográfica montada especialmente para a festa que remete à antiga Areial, com prédios e artigos que evidenciam a história do lugar – onde o forró pé de serra tomou de conta, a festa promoveu um grande arraial, atendendo a todos os gostos e idades. Teve música boa e cultura para todo mundo se esbaldar.
Para João Carlos Querino, arealense de 23 anos, é sempre um prazer prestigiar o evento e presenciar tamanho espaço de manifestação cultural local: “Eu gosto bastante de dançar forró, que é de lei, gosto de valorizar os artistas da nossa cidade e também os que vêm de fora. É sempre um prazer participar.”, comentou.
Na estrutura da Vila Ariús e nas casinhas que remetem a antigos prédios de Areial, estavam expostos a arte do povo, artigos, artesanato, comidas e cachaças que evidenciaram a cultura popular local e a tradição do povo.
A primeira bodega e a primeira capela da cidade montadas em madeira, são um convite nostálgico a quem gosta de cultivar memórias. Já a grande fogueira montada estrategicamente no meio da vila, aqueceu os corações de forrozeiros que visitaram o ambiente.
Artesãos e artistas que estavam expondo suas artes evidenciaram a felicidade de compartilhar Cultura através de especiarias e um toque de bom gosto, que apenas o arealense é capaz de produzir. Hugo Luna, que trabalha com barro e produz peças que contam a História do Nordeste, mais especificamente do Cangaço, falou ao Repórter Junino da importância de manter viva as tradições nordestinas:
“Não podemos perder a [nossa] origem e a Cultura do nosso Nordeste. Aqui em Areial tivemos um cangaceiro e precisamos evidenciar isto. Eu me apaixonei pela História do Cangaço conversando com ele e agora estou representando minha terra.”, disse orgulhoso.
Já dona Irailde Dias de Melo, professora e artesã, que trabalha com produtos manuais, alegrou-se em expor belas peças em uma festa que é tão tradicional na região:
“Me sinto lisonjeada por sempre ter esse espaço na festa para mostrar a arte do nosso município. Para nós que trabalhamos com Cultura, o artesanato é muito importante até mesmo para produção de renda financeira.”, compartilhou.
Com a diversidade e o espírito vibrante junino em cada canto da cidade, a Festa de Santo Antônio de Areial, em sua edição 2024, não apenas celebrou a rica Cultura Nordestina, mas especialmente destacou a habilidade dos artistas da terra, que vão desde artesãos até músicos, preservando e compartilhando suas tradições.
Entre os prédios históricos da Vila Ariús e as apresentações contagiantes de forró, a festa proporcionou um ambiente acolhedor onde a comunidade e visitantes se deleitaram com música, gastronomia típica e o calor humano característico do São João.
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