São João

Do piseiro ao trap: uma jornada musical no São João de Campina Grande

Da Redação*
Publicado em 16 de junho de 2024 às 17:00

matuê

Foto: Léia Ventura/Repórter Junino

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A noite da sexta-feira (14) foi marcada por uma programação eclética para todos os gostos e públicos. Do piseiro ao trap, o Maior São João do Mundo trouxe uma sequência de shows com Mari & Rayane, Nuzio Medeiros, Matuê e João Gomes.

A noite começou com o show de Nuzio Medeiros, que trouxe uma mistura contagiante de carisma e energia para o palco. Conhecido por suas performances dinâmicas e um repertório que mescla hits populares com suas próprias composições, Nuzio não decepcionou. Ele fez questão de interagir com o público, que respondeu cantando e dançando a cada música.

Primeira vez nos palcos do Parque do Povo, Nuzio demonstrou sua gratidão por estar se apresentando no Maior São João do Mundo. “Estou muito feliz, minha primeira vez aqui, tenho um amor muito grande pela Paraíba, terra boa, de gente bonita, gente do bem, que nos recebe daquele jeito, receptividade a mil”, declara o cantor.

Em seguida, a dupla Mari & Rayane tomou conta do palco, conquistando o público com suas vozes marcantes e carisma. As amigas trouxeram um repertório diversificado, desde clássicos do forró, como “Tá com medo de amar” da Banda Forró do Muído, até a “Farra da Ana” da Banda Tarraxinha, todos eles na “Pegada Darminina”, bordão utilizado pela dupla em seus shows. Mesmo no clima chuvoso que marcou a noite de ontem, a presença de palco cativante de Mari & Rayane transformou o mau tempo em um mero detalhe.

O ponto alto da noite veio com a apresentação de Matuê, um dos maiores nomes do trap nacional. O rapper subiu ao palco sob gritos e aplausos estrondosos que clamavam seu nome, antes mesmo do show começar: “Ô Matuê, cadê você? Eu vim aqui só para te ver!”. Dito e feito, o cantor entregou uma performance eletrizante, repleta de efeitos visuais e uma setlist que incluiu seus maiores hits, como “Kenny G”, “Máquina do Tempo” e “Anos Luz”.

Em entrevista, Matuê conta que não imaginava como seria se apresentar no Maior São João do Mundo: “Para falar a verdade, eu não tinha uma expectativa clara, como era uma novidade para gente, eu vim de ‘peito aberto’ para entregar o nosso melhor”, declarou. Ele ainda complementa dizendo que não sabia da existência de um São João tão grande como esse, e brincou dizendo que, esse evento, é o nosso Rock in Rio.

Natural do Ceará, o cantor de trap conta que uma de suas maiores inspirações para escrever as letras de suas músicas é sua cidade natal, Fortaleza. “Sempre que eu posso, estou ali jogando uma referência ou falando da realidade do o dia a dia de Fortaleza,” revelou. Ele ainda comenta o quão importante é representar o Nordeste no cenário do trap nacional: “É de importância máxima poder representar, fazer parte de um evento como esse e ser visto como um artista nordestino importante”.

Entre os fãs presentes, estavam Pedro Lucas, 24, e Vitória Messias, 24, que vieram especialmente de João Pessoa só para ver o show de Matuê. Pedro Lucas acompanha o trabalho do artista desde 2018, não escondeu sua empolgação. Quando soube que Matuê se apresentaria no Maior São do Mundo, coincidentemente no dia do seu aniversário, decidiu que essa seria a melhor forma de comemorar. “Meu aniversário eu iria comemorar como? É claro que no show de Matuê!”, exclamou com um sorriso radiante.

joão gomes

Foto: Amanda Suêlha/Repórter Junino

Para encerrar a noite com chave de ouro, João Gomes trouxe seu estilo único ao palco. Conhecido por sua voz marcante, ele levou o público ao delírio desde a primeira música. João Gomes, com sua simplicidade e talento, fez a multidão cantar junto suas composições, como “Dengo”, “Eu Tenho a Senha”, e seu mais novo sucesso, lançado recentemente junto com Tarcísio do Acordeon e a dupla Iguinho e Lulinha, “Coração de Vaqueiro”.

Em coletiva, João demonstrou sua gratidão em se apresentar mais uma vez nos palcos do Maior São João do Mundo. “É um sonho que foi realizado de uma forma tão inesperada, mas foi de forma marcante. Meu primeiro São João eu não tive oportunidade de cantar aqui, em Campina, mas no segundo cantei, e foi uma sensação inexplicável. A gente vive o São João assim, agradecendo por cada oportunidade e dando o melhor que a gente tem.”

A noite de ontem no Parque do Povo foi uma celebração da música e da diversidade cultural, proporcionando momentos inesquecíveis para todos os presentes. Cada artista trouxe sua própria marca, criando uma sinergia única com o público. O evento destacou a capacidade da música de unir pessoas, refletindo a riqueza cultural do Brasil e reforçando a ideia de que ela é uma linguagem universal que emociona a todos.

*Repórter Junino – Reportagem: Milena Ferreira/ Fotografia: Amanda Suêlha e Léia Ventura/ Edição: Fernando Firmino

 

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