São João

Monumento ‘Farra da Bodega’ em Campina Grande: A personificação da cultura nordestina

Da Redação com Ascom
Publicado em 15 de junho de 2024 às 2:00

Foto: Pablo Élyton/Repórter Junino

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Às margens do Açude Velho, encontra-se um dos mais apreciados cartões-postais da Rainha da Borborema: o monumento ‘Farra da Bodega’. Inaugurada em 2003, a escultura é obra do artista campinense Joás Pereira Passos.

Trata-se de uma homenagem, em forma de estátuas de bronze, a dois gigantes da música nordestina: Luiz Gonzaga, o inesquecível Rei do Baião, e Jackson do Pandeiro, o incomparável Rei do Ritmo.

Um pernambucano e um paraibano que, juntos, simbolizam a riqueza cultural do Nordeste e estão entre os maiores ícones da música nordestina e brasileira.

O monumento busca reforçar e eternizar traços da legítima cultura do Nordeste brasileiro.

Sua presença é notável, especialmente durante os períodos mais movimentados da cidade, como a festa de São João, o Carnaval e o Natal, atraindo turistas que se interessam pela história dos artistas e dos elementos culturais representados.

Além da imagem dos dois ícones da musicalidade nordestina, a obra artística apresenta uma mesa com garrafas, copos, petiscos nos pratos, e cordéis que são alguns dos principais símbolos da cultura regional.

Situado às margens do principal e mais visitado cartão postal da cidade, o memorial se tornou parada obrigatória para os turistas que fazem diversos registros fotográficos na bodega mais famosa de Campina Grande.

A visitante Izadora Mesquita, de Brasília, destaca a importância da arte pública, que instiga a curiosidade e promove a troca de conhecimentos sobre a história e os artistas locais.

“Eu acredito que é muito importante ter arte na rua, pois instiga a troca de conhecimento. Faz com que busquemos saber a história, quem é o artista, quais músicas ele tocava e cantava. É muito importante ter essa cultura perto do povo”, comentou.

A localização da escultura também é vista como estratégica pelos turistas, despertando ainda mais interesse para visitação. Rogério Nitsch, paulista que mora em João Pessoa há sete anos, considera muito valiosa a escultura.

Victoria Freitas/Repórter Junino

“Eu acho que ela é muito interessante do ponto de vista dela ter uma localização, uma referência na cidade, que ela consegue chamar atenção, já que faz referência a grandes artistas da área musical. Então, eu acho que ela é importantíssima porque ela consegue trazer a importância para esses dois artistas que relembram a cultura do Nordeste.“

O historiador Victor da Rocha afirma que esculturas como a Farra da Bodega mantêm viva a memória cultural e perpetuam as tradições nordestinas para as futuras gerações.

“Esculturas são, por excelência, um marco de lembrança de algo ou alguém. As erguidas no início dos anos 2000, trazem consigo a representação de dois artistas que abrem caminhos para o respeito e aformoseamento da cultura nordestina. Servem para, além de embelezar o ambiente, manter viva a cultura, a tradição e a memória desses dois expoentes”.

O monumento Farra da Bodega é exemplo de como uma obra de arte ajuda a manter viva, traços característicos da cultura do povo nordestino e, de quebra, tornar ainda mais bela e atrativa a majestosa Rainha da Borborema, terra da maior festa junina do Brasil e do mundo.

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