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Aquinta edição do São João na Rede, ação itinerante do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB) em parceria com a Associação Cultural Balaio Nordeste, começa neste sábado (8).
O evento ocorre ao longo de 12 dias, entre 8 e 19 de junho, com shows diários sempre em um município paraibano diferente.
O objetivo é preservar o forró enquanto expressão cultural e dar oportunidade para que mestras e mestres de cultura ligados ao ritmo tenham espaço para fazer circular a sua música.
O São João na Rede começa em Sapé e depois passa por Umbuzeiro, Serra da Raiz, Damião, Puxinanã, Assunção, Mãe D’água, São José de Princesa, São José de Caiana, Nazarezinho, Poço Dantas e Brejo dos Santos.
Uma estrutura da Secult-PB vai percorrer esses municípios e a cada dia montar um espaço para a realização dos shows, que acontece sempre de forma gratuita para a população local.
Lançado em 2020, dentro de um projeto emergencial para dar suporte aos artistas ligados ao forró durante a pandemia de Convid-19, o projeto ocorre desde então sempre no mês de junho.
Em 2022, aconteceu a primeira edição em formato híbrido e, desde o ano passado, o evento passou a ser totalmente presencial, privilegiando ainda mais o intercâmbio cultural e o contato da classe artística com o público.
“O São João na Rede é uma forma que é ao mesmo tempo simples e eficiente de manter viva as festas de São João nos pequenos municípios e dar espaço aos forrozeiros que fortalecem o ritmo ao longo dos anos. Não raro, identificamos artistas que têm uma caminhada de várias décadas com o forró, mas que andavam sem espaço nas grandes festas. Então o que promovemos é um resgate do forró tradicional”, explica Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba.
Já Joana Alves, que é presidente-fundadora da Associação Cultural Balaio Nordeste e presidente do Fórum Nacional de Forró de Raiz, destaca o processo de salvaguarda do forró que é possível de se fortalecer com eventos como esse, ressaltando também a ideia de se afastar dos municípios que já realizam as grandes festas de São João e de dar centralidade a localidades menores. “É justamente isso o que me atraiu desde a primeira edição”, enfatiza.
Ela explica que isso é fruto de muita sensibilidade da gestão estadual, que olha para a cultura de uma forma geral e para o forró de forma mais específica com muito cuidado, com muita atenção aos artistas mais velhos.
“Com o Forró na Rede, a gente está resgatando, levando de volta ao palco, mestras e mestres que estão na casa dos 70 ou 80 anos, que ainda tocam sanfona, mas que estavam há muito tempo afastados das apresentações musicais. Então, muitas vezes, nós devolvemos a dignidade a esses artistas”, completou.
A cada dia, acontecem entre duas e quatro apresentações, sempre privilegiando o forró pé-de-serra e expressões mais tradicionais do ritmo.
Alguns artistas paraibanos mais conhecidos também foram convidados para as apresentações nos diferentes municípios paraibanos.
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