Deputado defende Havaianas e critica boicote após campanha publicitária

O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) se posicionou contra o boicote à marca Havaianas, após a polêmica gerada por integrantes da direita em razão de uma propaganda recente da empresa.

Segundo o parlamentar, não faz sentido boicotar uma empresa que é motivo de orgulho para Campina Grande e para a Paraíba.

Ele destacou que a Havaianas, por meio da Alpargatas, gera cerca de 10 mil empregos diretos no município, além de milhares de empregos indiretos. Para Tovar, a defesa da empresa vai além de posicionamentos ideológicos e deve estar centrada na preservação de emprego e renda para a população local.

O deputado relembrou visitas realizadas à fábrica da Alpargatas, inclusive ao lado de Romero Rodrigues e outros líderes políticos, ressaltando que sempre esteve na empresa para defender os interesses de Campina Grande. Ele afirmou que não cabe aos políticos locais julgar estratégias de marketing da marca, mas sim lutar pela manutenção dos postos de trabalho e pelo fortalecimento da economia da cidade.

Tovar também criticou o clima de polarização política, afirmando que a sociedade chegou a um ponto em que cores, símbolos e até manifestações culturais são rotuladas ideologicamente, sem que isso traga qualquer benefício concreto à vida das pessoas. Para ele, esse tipo de debate não muda a realidade de quem depende do emprego para sobreviver.

Ao reforçar sua posição, o deputado declarou que usa Havaianas, não vê problema em continuar usando e ainda incentiva a população a consumir os produtos da marca como forma de estimular a economia local. Ele afirmou que se preocupa com o impacto de uma possível perda de 10 mil empregos na cidade, ressaltando a enorme diferença social e econômica que isso representaria.

Por fim, Tovar lembrou um episódio recente em que a Alpargatas cogitou demitir cerca de 600 funcionários, o que mobilizou lideranças políticas de Campina Grande em uma ida a São Paulo para pressionar a direção da empresa.

Segundo ele, naquele momento não havia bandeira partidária, mas apenas a bandeira da cidade e a defesa dos trabalhadores, seus familiares e de toda a cadeia de empregos diretos e indiretos gerados pela indústria.

Veja também:

Aparte: insanidade política atinge patamar absurdo; Campina prejudicada