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Política
Foto: Agência Câmara
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Nesta quarta-feira (10), o vice-presidente da federação PSOL/Rede na Paraíba, Tarcio Teixeira, criticou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), ao recorrer à polícia legislativa para retirar o deputado Glauber Braga (PSOL-SP) do plenário.
Glauber ocupou a Mesa Diretora em protesto à votação da dosimetria, que reduz as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais condenados pelos atos golpistas, gerando tumulto na Câmara.
Em entrevista à imprensa, Tarcio lembrou a ação judicial movida por Hugo Motta contra o sindicalista José de Araújo, que o acusou de defender criminosos durante o debate da chamada PEC da Blindagem.
“A gente viu recente o papelão que Hugo Motta cumpriu ao processar o sindicalista por dizer o que o próprio Hugo Motta estava defendendo no Congresso Nacional”, lembrou.
Para ele, a situação atual é reflexo de um ambiente político ainda instável.
“Vivemos um momento complicado, difícil e que não acabou com a prisão do Bolsonaro. Eles seguem tentando atacar a nossa democracia e o mandato do Glauber está em risco nessa votação que está pautada para hoje”, pontuou sobre a votação da possível cassação do mandato do parlamentar.
O dirigente da federação classificou a postura da presidência da Câmara como autoritária.
“Querer comparar os atos do Glauber defendendo a democracia com parlamentares que estão foragidos, que estão presos, que estão faltando ou votando de forma irregular na Câmara dos Deputados diz muito do papel desse ‘coronelzinho’ que nós temos na presidência da Câmara dos Deputados”, enfatizou.
Tarcio reforçou que há um tratamento desigual na Casa.
“É o velho dois pesos e duas medidas. Um absurdo completo que nós percebemos na Câmara dos Deputados. Os parlamentares da extrema direita ficaram 48 horas ocupando não só a cadeira da presidência, mas a cadeira da Câmara dos Deputados como um todo e nada foi feito. Ficou pianinho o Hugo Motta diante dessa arbitrariedade”, rechaçou.
Ele endureceu o tom contra Hugo Motta, defendendo um possível afastamento do presidente-deputado.
“Quando Glauber fazia um ato em defesa do seu mandato, fazendo declarações políticas, desliga-se a TV Câmara, expulsa a imprensa e bate em deputado, diz muito dessa representação. Então, não dá. O Hugo Motta não tem autoridade moral para seguir como presidente da Câmara dos Deputados. É importante essa mudança de postura ou o afastamento de um dos cargos mais importantes da política do nosso país”, concluiu.
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