Tensão na CMCG: vereadores divergem sobre fiscalização no reservatório da CAGEPA

Nesta quinta-feira (27), o líder da bancada de situação na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), vereador Alexandre Pereira (União Brasil), voltou a criticar o que apontou como falta de transparência da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA).

Na tarde da última quarta-feira (26), com o intuito de fiscalizar a estrutura do reservatório R-9 da Companhia, vereadores da base foram impedidos de entrar no espaço; movimento que gerou repercussão e dividiu opiniões na cidade.

Após bate-boca na sessão ordinária da CMCG, em entrevista à imprensa, o vereador Alexandre Pereira acusou a CAGEPA de obstrução do trabalho fiscalizador.

“Segundo o que fiquei sabendo de um vereador de oposição, dizendo que o diretor da CAGEPA teria mandado um ofício, eu desconheço que tenha chegado nos convidando a fazer isso. Mas agora o fator surpresa já foi perdido, eles estão maquiando a unidade. Nós vimos isso pelo vídeo que mostrei aqui. Há uma verdadeira correria para maquiar aquela unidade e dizer que está tudo muito bem”, destacou.

Em contraponto, o líder da oposição na Casa de Félix Araújo, vereador Anderson Pila (PSB), saiu em defesa da ação dos colegas, mas ponderou:

“Apesar de ser um órgão estadual, eu concordo que também pode ser verificado pelos vereadores, essa é uma opinião própria. Agora, a gente tem que respeitar o trâmite”, alertou.

Pila não poupou ataques ao prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), imputando a responsabilidade ao gestor em movimentos classificados por ele como “cortinas de fumaça”.

“Já que eles fazem parte de um governo que não respeita lei, que não respeita o trâmite legal, inclusive dessa Casa, quando não compreende e não cumpre as leis que são votadas, é natural que isso possa acontecer, porque a mente brilhante que está tentando jogar toda a culpa na CAGEPA ao invés de resolver os problemas de Campina Grande a gente sabe de onde vem”, acrescentou.