Walber Virgolino critica aceno de Marcelo Queiroga ao Republicanos

Nesta quarta-feira (29), o deputado estadual Walber Virgolino (PL) criticou o aceno feito pelo presidente estadual do Partido Liberal na Paraíba, Marcelo Queiroga, ao Republicanos, legenda que atualmente integra a base do governador João Azevêdo (PSB).

Ainda hoje, o presidente da legenda sinalizou a possibilidade de aliança desde que o presidente do partido Republicanos e da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta, aprove a anistia.

Em entrevista à imprensa, Walber afirmou que o movimento de Queiroga foi estratégico.

“Eu sou bastante pragmático. Marcelo Queiroga já vota em Nabor Wanderley desde que ele disse que era candidato. Então, construíram uma ponte aí para que o PL apoie Nabor. Isso é claro, ninguém é besta nem otário pra cair nessa balela, não”, disparou.

O deputado ainda acusou Queiroga e o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) de já manterem um acordo político com o grupo republicano.

“Cabo Gilberto e Marcelo Queiroga já têm um acordo com Hugo Motta e Nabor Wanderley para votar em Nabor. Agora estão criando essa lorota de que, se não pautar a anistia, não vão votar em Nabor, mas já está tudo feito”, afirmou.

Segundo Walber, o movimento seria apenas um meio para evitar desgaste com o eleitorado bolsonarista.

“Estão apenas querendo criar um motivo para declarar esse apoio aberto e não se queimar com o eleitorado de Bolsonaro, o eleitorado ideológico da direita, mas já está tudo sob controle”, reforçou.

O parlamentar também descartou qualquer possibilidade de apoiar Nabor Wanderley (Republicanos).

“Eu não voto em Nabor. Não tenho nada pessoal contra ele, mas ele não defende o que eu acredito. E eu não acredito que o Republicanos vá desembarcar do governo João Azevêdo para apoiar Efraim e Queiroga”, pontuou.
Walber ainda ressaltou sua postura contrária a essa articulação.

“A gente sabe que o Republicanos é um partido de negócios e a gente não tem nada a oferecer a eles. Agora, Cabo Gilberto e Queiroga estão querendo criar uma tese pra poder declarar o apoio. Eles que declarem sozinhos, porque não contam com o meu apoio, nem com a minha anuência”, concluiu.