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Foto: Ascom/CMJP
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Vereadores de João Pessoa reagiram a decisão do vereador Raoni Mendes (DC) de renunciar ao cargo de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis abusos e suspeitas de cartelização na venda de combustíveis na capital paraibana.
A saída de Raoni ocorreu após vereadores pedirem, na última segunda-feira (15), mudanças no comando da comissão. O motivo do pedido foi o posicionamento inicial do parlamentar, que teria feito declarações consideradas favoráveis aos donos de postos.
Durante entrevista à imprensa, o autor da proposta de criação da CPI, vereador Guguinha Moov Jampa (PSD), e o integrante da mesa da comissão, vereador Fábio Carneiro (Solidariedade), criticaram a postura de Raoni.
Para Guguinha, a renúncia foi uma forma de se esquivar do debate.
“Renunciar não faz parte do meu perfil. Primeiro, nenhum integrante da CPI queria a renúncia dele, o que a gente queria era que ele fizesse parte igual a mim e a todos, agora não na presidência, porque ele disse na imprensa que eu tinha feito uma retórica que ele era contra a CPI. Todo mundo viu aqui o embate entre mim e ele, que ele sempre foi contra, só assinou a CPI porque foi pressionado”, declarou.
O parlamentar reforçou essa insatisfação e questionou a imparcialidade de Raoni nesse processo.
“Ainda disse que não ia dar palco político. Não é palco político, quem queria palco político era ele quando saiu em defesa dos donos de postos […] como é que um vereador desses iria presidir a comissão que iria dizer se iria ter ou não cartel na cidade de João Pessoa?”, indagou.
O vereador ainda rebateu críticas feitas por Raoni que o acusou de buscar “like” com essas movimentações.
“Like de quê? De defender o povo da cidade de João Pessoa? Eu não sou ele que fica aqui só sentado e não vai para os bairros ver os problemas da cidade de João Pessoa”, concluiu.
Já Fábio Carneiro explicou que o pedido não era pela saída de Raoni da CPI, mas pela realização de uma eleição interna para definir a presidência.
“O requerimento não foi para a saída do vereador Raoni da CPI, o requerimento foi para que ocorresse eleições diretas e democráticas no âmbito da CPI, como existe no Congresso Nacional, que é o parâmetro inicial para todas as decisões das câmaras estaduais e municipais, como já é pacificamente determinado pelo Supremo Tribunal Federal”, pontuou.
O parlamentar afirmou que as posições de Raoni demonstravam uma tentativa de se manter no controle da comissão a qualquer custo.
“Ele simplesmente não quis participar com eleição democrática, apenas isso. Ele poderia ter participado, como existiu isso há 15 anos atrás, 20 anos atrás, com a CPI do INSS. Ele simplesmente queria ser presidente de toda forma”, enfatizou.
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