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Foto: ParaibaOnline
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O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) se posicionou contra a aprovação da chamada PEC da Blindagem, votada na noite desta terça-feira (16) na Câmara dos Deputados. A proposta visa restringir a abertura de processos criminais contra parlamentares.
Dos 12 deputados federais paraibanos, apenas Ruy Carneiro e Luiz Couto (PT) votaram contrários à matéria. Durante entrevista à imprensa, Ruy explicou as razões do seu posicionamento.
“Eu fui um dos primeiros parlamentares do Brasil a começar a luta contra privilégios, fim do décimo quarto, décimo quinto salários e, sobretudo, acabar com as votações secretas nas casas Legislativas, na época em que eu era deputado estadual”, lembrou.
O deputado destacou que o texto aprovado representa, em sua avaliação, um risco à devida responsabilização.
“Quando eu vi o texto da PEC, além de ser um protecionismo exagerado… Você imagine, por exemplo, uma pessoa do crime organizado que viesse a se eleger deputado federal. No formato que o texto estava escrito, dificilmente ele seria punido de alguma forma. Eu levantei a tese de um crime, mas poderia levantar outras teses”, afirmou.
Outro ponto criticado por Ruy foi a previsão de votação secreta em determinadas situações.
“Além de tudo, e mais grave, colocar votação secreta para você fazer essa análise. Quando você se elege parlamentar, tudo na sua vida tem o bônus e o ônus. Então, você vai tomar uma decisão sobre determinado assunto, e o eleitor que o elegeu, e a população de maneira geral, tem o direito de saber qual é o seu posicionamento. Eu tomo meu posicionamento e justifico à população. Isso é uma obrigação do parlamentar”, disse.
Ruy Carneiro ressaltou que, apesar da derrota na aprovação geral da PEC, houve avanços em pontos específicos.
“Repito: além desse protecionismo equivocado e exagerado, e da votação secreta, eu automaticamente decidi votar contra. Perdemos no todo, mas, no destaque, ainda lá por volta da meia-noite, nós conseguimos a vitória de retirar a votação secreta”, explicou.
Para o parlamentar, medidas como essa contribuem com o desgaste da imagem do Congresso perante a sociedade.
“É por essas e outras muitas vezes que o Parlamento é criticado. O Congresso, quando você faz uma pesquisa, a confiabilidade do Poder Legislativo é pequena, fruto desses fatos”, concluiu.
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